O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse esta quarta-feira no Parlamento que já disse à gestão executiva da TAP e ao seu CEO Antonoaldo Neves que "não permitiremos a atribuição de prémios", que o acionista privado David Neeleman já disse que a companhia irá manter.

"Atribuir num ano como este é faltar ao respeito à esmagadora maioria dos trabalhadores da TAP e ao povo português", afirmou o governante, salientando que "é inaceitável para nós". "É falta de respeito com os trabalhadores da TAP que uma empresa que dá mais de 100 milhões de prejuízos dê prémios a uma minoria de trabalhadores", frisou.

Salientando que esta é "uma decisão da gestão onde não estamos representados", Pedro Nuno Santos garantiu que o Estado pode "transmitir no conselho de administração, na comissão de recursos humanos e em público" o seu entendimento.

Pedro Nuno Santos recusou o argumento de que já anteriormente a TAP em ano de prejuízos entregou prémios, lembrando que mesmo nesses anos os prémios foram atribuídos à generalidade dos trabalhadores e não apenas a uma minoria.