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Paulo Geisler volta a liderar associação das companhias aéreas em Portugal

O representante da Lufthansa foi escolhido para a presidência da entidade, chamada RENA, no triénio 2017-2019, pela quarta vez.

27 de Março de 2017 às 12:46
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A RENA – Associação das Companhias Aéreas em Portugal elegeu Paulo Geisler, representante da Lufthansa, para a presidência da direcção, pelo quarto ano consecutivo, segundo adiantou a entidade em comunicado.


O responsável deu conta, no mesmo documento, dos principais desafios no horizonte das empresas, nomeadamente "as taxas aeroportuárias, a situação dos aeroportos do País, o controlo das fronteiras e a paz social".


No caso das tarifas, que motivam sempre muitas queixas por parte das companhias aéreas, "a RENA continuará a pugnar pela adequação do modelo regulatório imposto em Portugal às normas comunitárias e aos melhores princípios da ICAO [Organização da Aviação Civil Internacional] ", lê-se no mesmo comunicado.


Para a RENA, o modelo imposto pelo contrato de concessão da ANA "permite à entidade concessionária fixar o valor das taxas sem qualquer respeito ou conexão com os custos incorridos e redunda na obtenção de uma remuneração excessiva face ao capital investido, que pode compromete o equilíbrio que deve existir entre concessionária, de um lado, e companhias e utilizadores (passageiros) do outro. A expectativa é que neste mandato a queixa apresentada à Comissão Europeia conheça desenvolvimentos".


Por outro lado, Paulo Geisler adiantou que outra das prioridades, salientando os constrangimentos do aeroporto Humberto Delgado, é aumentar a eficiência destas infra-estruturas. "Há que tomar decisões rapidamente que resolvam a problemática dos voos nocturnos. Actualmente os constrangimentos em Lisboa são muitos, limitam as companhias aéreas e trazem-lhes custos acrescidos. É essencial para as companhias que os aeroportos tenham capacidade para operar", referiu no mesmo comunicado.


A entidade também quer ser ouvida nas decisões acerca de um novo aeroporto na região de Lisboa, sobretudo no que diz respeito ao modelo de financiamento. "É óbvio que só os interessados em usufruir da infra-estrutura e os reais utilizadores deverão suportar os custos correspondentes", salientou.


A RENA queixa-se também do serviço a nível de controlo de fronteiras em Lisboa. "As companhias pagam taxas elevadas (incluindo a taxa de segurança), há investimento feito em material e boxes - e tudo isto está a ser desaproveitado por falta de inspectores do SEF", criticou Paulo Geisler. O responsável acredita que esta situação pode levar ao caos na infra-estrutura que serve a capital.  Geisler recordou ainda que o adiamento "inadmissível" da atribuição de licenças de handling preocupa a associação. 

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