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Neeleman reforça na dona da TAP com compra aos chineses

A compra dos 20% que o grupo chinês detinha na Atlantic Gateway, dona de 45% da TAP, foi feita por entidades ligadas ao empresário norte-americano, que é dono da Global Airlines Ventures e fundador da Azul.

Sara Matos
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A participação de 20% que o grupo chinês HNA detinha na Atlantic Gateway, que possui 45% da TAP, foi adquirida por duas entidades ligadas a David Neeleman.

Em comunicado, o empresário informa que é o dono da Global Airlines Ventures, LLC, empresa norte americana , que em conjunto com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, também fundada por si e neste negócio com uma posição minoritária, "adquiriram à Hainan Airlines Holding a sua participação na Atlantic Gateway". Esta posição era de 20% do capital social e dos direitos de voto e 35,58325% de direitos económicos da Atlantic Gateway.


Em comunicado, David Neeleman afirma que "este reforço do seu investimento demonstra a confiança que os investidores privados têm no crescimento sustentado da TAP e na capacidade da gestão em continuar a implementar o plano estratégico delineado na privatização, implementando as medidas necessárias para continuar o processo de transformação da TAP numa empresa com padrões de excelência na indústria da aviação".


Tanto David Neeleman como Humberto Pedrosa detinham até agora, cada um, 40% do capital da Atlantic Gateway.

Assim, Neeleman passa a ter uma posição indireta de 27% no capital da TAP, quando antes deste negócio com os chineses detinha 18%. 

A HNA entrou na Atlantic Gateway em 2017, quando era também admitido que viesse a ter uma participação diretamente na TAP por via dos 30 milhões de euros de obrigações convertíveis subscritas. O que não aconteceu. Na altura ficou previsto um importante pacote de contrapartidas , que envolvia por exemplo a compra ao grupo português da unidade de manutenção no Brasil, que durante anos penalizou os resultados da TAP.

No entanto, a sua situação financeira deteriorou-se a partir do momento em que vários dos seus investimentos internacionais foram vetados por reguladores por ter uma estrutura acionista considerada "difícil de decifrar". A HNA entrou então num processo de alienação de ativos, tendo já vendido participações em hotéis, bancos e até na companhia brasileira Azul, fundada por David Neeleman, pela qual em 2016 se dispôs pagar 450 milhões de dólares por 23,7%, e saiu com perdas.

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