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Medina: “Relação de trabalho com Pedro Nuno Santos foi bastante agradável”
Fernando Medina admite que houve tensões com o ex-ministro das Infraestruturas, como é normal existir. Mas sublinha que decorreu “com total convergência com o interesse público”.
Fernando Medina garante que a relação com o antigo ministro das Infraestruturas "foi bastante agradável e profícua durante o tempo em que exerceu funções". O ministro das Finanças referia-se não só ao dossiê TAP, que está sob a tutela das Finanças e Infraestruturas, como a outros temas relacionados com CP ou telecomunicações, por exemplo.
"Foi uma boa relação de trabalho, franca, quotidiana, não isenta de tensões, como acontece com outros ministros. Num Governo é impossível não haver tensões com o ministro das Finanças", referiu na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da TAP. "Mas correu com total normalidade e com total convergência com o interesse público", reforçou, respondendo a perguntas sobre se havia alguma tensão política entre os dois ministérios como chegou a ser sugerido ao longo da CPI.
Os deputados continuam a tentar saber quem sugeriu o nome de Alexandra Reis a Medina para secretária de Estado do Tesouro. Mas o ministro continua a defender que a escolha foi "exclusivamente" dele e integrou uma "short list" que fez à data.
Diz não se recordar quem lhe sugeriu o nome da antiga administradora da TAP e presidente executiva da NAV. Mas questionado se tinha sido Pedro Nuno Santos ou João Nuno Mendes, atual secretário de Estado das Finanças, garantiu que não.
A proposta para avançar com a comissão de inquérito foi feita pelo Bloco de Esquerda e foi aprovada a 3 de fevereiro, com a abstenção do PS e PCP e os votos a favor dos restantes partidos, após ter sido noticiado que Alexandra Reis tinha recebido uma indemnização de 500 mil euros quando saiu da TAP em Fevereiro de 2022.
As audições arrancaram a 29 de março com a Inspeção-Geral de Finanças. Fernando Medina fechou a ronda de 46 audições presenciais, sendo esperadas cerca de mais 10 por escrito, entre as quais David Neeleman. A votação do relatório final da CPI deverá ser a 13 de julho.