Notícia
Marcelo garante que nunca pediu mudança de voo à TAP
Resposta surge depois de CEO da TAP ter sido confrontada no Parlamento com email de ex-secretário de Estado Hugo Mendes, onde este frisava que não se pode correr o risco "de perder o apoio político do Presidente".
A Presidência da República garantiu esta quarta-feira que o Chefe de Estado nunca pediu à TAP nenhuma alteração do voo de regresso de Moçambique e que, a haver algum pedido, "terá sido por iniciativa da agência de viagens". "A Presidência da República nunca contactou a TAP, nem nenhum membro do Governo sobre tal assunto."
A resposta de Belém surge depois de a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, ter sido confrontada na comissão parlamentar de inquérito com um email enviado pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, onde este apelava à gestora que se fizesse uma alteração do voo de regresso da comitiva presidencial de Moçambique, pondo em causa os voos dos restantes passageiros.
"Não podemos correr o risco de perder o apoio do Presidente... se o seu humor muda está tudo perdido. Uma frase sua contra a TAP e o resto do país fica contra nós. É o nosso maior aliado, mas pode tornar-se no nosso maior pesadelo", escreveu o governante numa mensagem de correio eletrónico enviada à CEO da companhia aérea e que foi divulgada pela Iniciativa Liberal durante a audição de Christine Ourmières-Widener. Esta troca de mensagens ocorreu a 10 de fevereiro do ano passado.
Na nota de Belém, frisa-se que "o Presidente da República deslocou-se a Moçambique em março de 2022". "A viagem foi tratada pela agência de viagens habitual, que terá feito várias diligências e acabou por encontrar uma alternativa com a TAAG, via Luanda, no dia 23, mas o regresso de Moçambique acabou por se verificar a 21 de março de 2022, num voo regular da TAP (TP182)", detalha a mesma informação.
Marcelo Rebelo de Sousa terá sabido do episódio do pedido do Governo a Christine Ourmières-Widener para que fosse alterado o voo "no dia 11 de fevereiro de 2022, quando a CEO da TAP perguntou ao Chefe da Casa Civil, num jantar no Eliseu, a convite do Presidente Macron, a propósito da Saison Croisée França Portugal, se Sua Excelência o Presidente da República tinha solicitado a mudança do voo da TAP de 24 de março, o que foi imediatamente desmentido."
"A Presidência da República nunca solicitou a alteração do voo da TAP, se tal aconteceu terá sido por iniciativa da agência de viagens", sublinha Belém.
No Parlamento, a CEO da TAP confirmou que lhe tinha sido enviado um email com um pedido para alterar um voo com 200 pessoas já confirmadas de forma a acomodá-lo às necessidades do Presidente da República, que não conseguiria regressar de Maputo na data inicialmente prevista. Christine Ourmières-Widener assegurou que questionou o governante sobre se o pedido era de facto da Presidência da República e afiançou que declinou alterar o regresso e penalizar os restantes passageiros.
A resposta de Belém surge depois de a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, ter sido confrontada na comissão parlamentar de inquérito com um email enviado pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, onde este apelava à gestora que se fizesse uma alteração do voo de regresso da comitiva presidencial de Moçambique, pondo em causa os voos dos restantes passageiros.
Na nota de Belém, frisa-se que "o Presidente da República deslocou-se a Moçambique em março de 2022". "A viagem foi tratada pela agência de viagens habitual, que terá feito várias diligências e acabou por encontrar uma alternativa com a TAAG, via Luanda, no dia 23, mas o regresso de Moçambique acabou por se verificar a 21 de março de 2022, num voo regular da TAP (TP182)", detalha a mesma informação.
Marcelo Rebelo de Sousa terá sabido do episódio do pedido do Governo a Christine Ourmières-Widener para que fosse alterado o voo "no dia 11 de fevereiro de 2022, quando a CEO da TAP perguntou ao Chefe da Casa Civil, num jantar no Eliseu, a convite do Presidente Macron, a propósito da Saison Croisée França Portugal, se Sua Excelência o Presidente da República tinha solicitado a mudança do voo da TAP de 24 de março, o que foi imediatamente desmentido."
"A Presidência da República nunca solicitou a alteração do voo da TAP, se tal aconteceu terá sido por iniciativa da agência de viagens", sublinha Belém.
No Parlamento, a CEO da TAP confirmou que lhe tinha sido enviado um email com um pedido para alterar um voo com 200 pessoas já confirmadas de forma a acomodá-lo às necessidades do Presidente da República, que não conseguiria regressar de Maputo na data inicialmente prevista. Christine Ourmières-Widener assegurou que questionou o governante sobre se o pedido era de facto da Presidência da República e afiançou que declinou alterar o regresso e penalizar os restantes passageiros.