Notícia
Greve: Ryanair fala em "ligeiras perturbações"
A companhia aérea diz que apenas oito voos dos primeiros do dia foram cancelados, em consequência da greve dos tripulantes de cabine, afirmando tratar-.se de "ligeiras pertubrações" face ao total de 170 voos de e para Portugal.
A Ryanair adiantou esta quarta-feira, terceiro dia, não consecutivo, da greve dos seus tripulantes de cabine, que "apenas oito de entre os primeiros voos do dia foram cancelados", de "um total de 170 voos de/para Portugal".
Esta manhã, à agência Lusa, a presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Luciana Passo, disse que, até às 7:30, tinham sido cancelados 11 voos das Ryanair, dos quais seis no Porto, quatro em Faro e um em Lisboa.
Numa nota enviada às redacções, a companhia aérea irlandesa garante ainda que "a grande maioria dos nossos tripulantes de cabine em Portugal estão (esta quarta-feira, 4 de Abril) a trabalhar dentro da normalidade".
A Ryanair sublinha que os clientes afectados pelos voos cancelados "já estão a ser recolocados em outros voos ao longo do dia de hoje ou voos extra que operaremos amanhã".
A transportadora diz ainda na mesma nota que os seus tripulantes de cabine portugueses "em grande parte ignoraram esta greve convocada por sindicatos de companhias aéreas concorrentes".
A greve dos tripulantes de cabine da Ryanair começou a 29 de Março, prolongou-se a 1 de Abril e cumpre esta quarta-feira o terceiro e último dia.
O SNPVAC acusa a empresa de ter substituído novamente grevistas por tripulação de bases estrangeiras e que usou aviões que estavam estacionados em Portugal para ir buscar tripulação a outras bases.
A situação está a ser seguida pela Autoridade para as Condições de Trabalho, no que respeita ao cumprimento do direito à greve. Já a Autoridade Nacional da Aviação Civil também está a acompanhar, mas no âmbito do cumprimento dos direitos dos passageiros.
O Governo voltou esta manhã a reiterar que a ACT tudo fará para garantir o direito à greve dos tripulantes de cabine. Quanto ao problema de fundo, sobre a conformação da multinacional às regras laborais nacionais, o ministro Vieira da Silva disse que antecipa uma batalha "complexa", "longa" e "dura".