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CEO da Ryanair: “80 dólares por barril de petróleo vai fazer vítimas" no sector europeu
A companhia aérea irlandesa está preocupada com o aumento dos preços do petróleo. A Ryanair acredita que a subida dos custos com combustíveis fará vítimas entre as companhias aéreas já no início de 2019.
A Ryanair acredita que algumas companhias aéreas rivais possam vir a entrar em processo de falência já em 2019. Isto em função da escalada dos preços do petróleo, segundo avança a CNBC.
O aumento dos preços da matéria-prima tem vindo a pesar sobre a indústria, que se vê ainda forçada a adaptar-se a um mercado cada vez mais competitivo.
"Claramente, 80 dólares por barril de petróleo trará baixas na Europa neste Inverno", afirmou o CEO da Ryanair, Michael O'Leary, esta segunda-feira, 21 de Maio, citado na CNBC. "Algumas dessas companhias aéreas não conseguiram fazer dinheiro quando o petróleo estava nos 40 dólares por barril, não acredito que consigam sobreviver agora se o petróleo permanecer nestes níveis elevados ", acrescentou.
Depois de ter ultrapassado a barreira dos 80 dólares, em Londres, na semana passada, o petróleo está esta segunda-feira, 21 de Maio, a valorizar. O Brent, negociado em Londres, está a subir 0,25% para os 78,71 dólares. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, está a valorizar 0,32% para os 71,50 dólares. Uma subida que estará a ser influenciada pelas eleições da Venezuela, um dos membros da OPEP.
A companhia apresentou esta segunda-feira, 21 de Maio, resultados face ao ano fiscal que terminou a 31 de Março. A companhia aérea irlandesa registou um lucro anual recorde de 1,45 mil milhões de euros, o que representou um aumento de 10% face ao ano anterior, um número que superou as expectativas dos analistas, que apontavam um lucro médio de 1,44 mil milhões de euros de acordo com a Reuters.
A Ryanair espera ainda aumentar o tráfego de passageiros em 7% para os 139 milhões, acima da previsão de 138 milhões de passageiros.
Estes resultados são apresentados pela companhia aérea, depois de problemas junto dos tripulantes da Ryanair - mais de metade têm contratos com agências de recrutamento, muitos não têm salário-base e têm mesmo de descontar como trabalhadores independentes, não têm direito a protecção social e se faltarem são dispensados.