"Estamos com o processo de reestruturação pronto, mas decidimos esperar a finalização do processo de privatização", afirmou o presidente da TAP, Fernando Pinto, em São Paulo. Os cortes na operação da companhia aérea portuguesa vão assim ter de esperar pela decisão de Bruxelas quanto à alienação de 61% do capital da empresa ao consórcio Atlantic Gateway (formado por David Neeleman e Humberto Pedrosa).

A única garantia de Fernando Pinto é que a última versão desse plano de reestruturação não previa o corte de nenhuma das 12 rotas para o Brasil, que, neste momento, contam com uma ocupação média de 82%.

Todas as eventuais supressões de rotas terão de ser submetidas a uma nova análise. "Pode haver redução em algumas e crescimento em outras", explica. Certo é um reajuste nas frequências.

"Já estamos a discutir com os novos donos os planos futuros", acrescentou o gestor. Para Fernando Pinto, o plano de reestruturação "não é só" uma questão de poupança. Um dos principais pilares passará pelo processo de aumento de tarifas em determinados mercados.

A aposta nos Estados Unidos da América, como já tinha sido tornado público durante o processo de privatização, representa "um plano muito importante". "David Neeleman tem um conhecimento muito grande do mercado americano", elogiou Fernando Pinto. O responsável falava à margem do evento de entrada da Avianca Brasil como 28º membro da Star Alliance.

*Jornalista em São Paulo a convite da Star Alliance