Mesmo antes de a Comissão Europeia se pronunciar sobre o plano de reestruturação que a TAP vai implementar, há um plano de ajustamento, de curto prazo, que tem de ser empreendido.

"A situação da empresa precisa de medidas imediatas de estabilização", disse Sérgio Monteiro à RTP Informação esta sexta-feira, 24 de Julho. E é num plano de ajustamento que essas medidas irão constar.

O plano de ajustamento é "de curto prazo, para estabilizar a tesouraria", avançou o secretário de Estado dos Transportes. Não foram dados pormenores sobre de que forma tal será conseguido. Sérgio Monteiro disse, no entanto, que o Verão está a correr melhor do que o anteriormente antecipado. Uma ideia já deixada pelo líder da transportadora, que disse que esse crescimento não é suficiente para cobrir o impacto da greve dos pilotos de Maio, que se prolongou por dez dias. 

Certo é que as medidas de ajustamento têm de ser implementadas no imediato, mesmo antes de a Comissão Europeia se pronunciar sobre a privatização da empresa.

É pela luz verde à privatização que aguarda o plano de reestruturação, "que implica medidas muito mais profundas". "Estamos com o processo de reestruturação pronto, mas decidimos esperar a finalização do processo de privatização", disse o presidente da TAP, Fernando Pinto, na viagem a São Paulo que está a fazer esta semana. Na reestruturação, é expectável a revisão de frequência de rotas actualmente asseguradas pela transportadora portuguesa.

A TAP está em processo de privatização de 61% do seu capital, esperando-se que Bruxelas se pronuncie sobre a entrega ao consórcio Atlantic Gateway, constituído pelo empresário David Neeleman e o português Humberto Pedrosa, dono da Barraqueiro.