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Ex-CFO da TAP: "A decisão de fechar o Brasil foi correta"

João Gameiro salientou no Parlamento que a empresa Manutenção e Engenharia Brasil foi um negócio "onde a TAP investiu centenas de milhões de euros", mas que "não tinha viabilidade".

Duarte Roriz
25 de Maio de 2023 às 16:55
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João Weber Gameiro, que foi administrador financeiro da TAP entre junho e outubro de 2021, afirmou esta quinta-feira na comissão parlamentar de inquérito que a decisão de fechar a Manutenção e Engenharia (M&E) Brasil "foi correta", acrescentando que só nos quatro meses que foi CFO foram aprovadas várias transferências para a empresa.


"O Governo queria que se resolvesse a situação do Brasil. Era uma situação que preocupava muito o Governo", disse, recordando que a comissão executiva da companhia aérea, face às opções, concluiu que a melhor era liquidar a empresa.

Na sua análise à operação do Brasil, João Gameiro sublinhou que era uma "empresa com dificuldade de assegurar receita", até porque em 2021 a TAP estava num processo de redução de custos e centrou a manutenção em Lisboa, e tinha um contingente de trabalhadores significativo.

"Tinha um histórico imenso de contingências laborais e fiscais, em que a TAP acabava também por estar envolvida porque dava garantias ou conforto nalgumas dessas responsabilidades", sublinhou.

O ex-CFO notou ainda que a TAP era responsável por contratos da M&E Brasil, como seguros ou alugueres, e que a empresa todos os meses necessitava de apoios de tesouraria, sendo que a empresa dona da M&E Brasil era a TAP SGPS, que só detinha 8% da TAP SA.

João Gameiro salientou que este foi um negócio "onde a TAP investiu centenas de milhões de euros", mas que "não tinha viabilidade".
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