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Compras dos chineses da TAP superam 40 mil milhões
Os chineses da HNA compraram um negócio de logística em Singapura, elevando a factura de aquisições nos últimos dois anos. Na lista está também a aposta na portuguesa TAP, através da Azul.
O grupo chinês HNA já gastou mais de 40 mil milhões de dólares (cerca de 38 mil milhões de euros) em compras de empresas nos últimos dois anos. O conglomerado empresarial que começou como uma companhia aérea tem presença na portuguesa TAP.
As contas foram feitas pelo Financial Times, depois de um negócio de mil milhões de dólares (945 milhões de euros) com a CWT, dedicada a armazéns e serviços de logística e com sede em Singapura.
A publicação recorda que o grupo chinês já esteve, desde o início de 2017, ligado a uma dúzia de processos de fusão e aquisição. Neles contam-se as negociações com as lojas suíças de aeroportos Dufry, a revista Forbes e o banco alemão Nordbank – um reforço que se juntaria à compra de uma participação no Deutsche Bank.
Os activos do grupo HNA passam pelo turismo, hotelaria, companhias aéreas, área financeira, imobiliário e logística. Segundo a análise do Financial Times, este percurso de compras sucessivas tem deixado banqueiros e reguladores desconfiados, a tentar perceber a origem do capital.
Em Julho do ano passado, os chineses da HNA subscreveram 30 milhões de euros em obrigações convertíveis da TAP, através da companhia aérea Azul. O grupo é accionista desta companhia aérea de David Neeleman, accionista do consórcio Atlantic Gateway, onde também marca presença.
Na altura do fecho do negócio entre o Estado português e o consórcio Atlantic Gateway, liderado por Humberto Pedrosa e David Neeleman, era referido que a presença dos chineses na TAP poderia atingir os 20%.