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Chineses da TAP não conseguem aprovação dos EUA para negócio de 416 milhões de euros

O grupo HNA deixou cair um negócio nos EUA por falta de autorização administrativa. O grupo, que tem estado sob o escrutínio em três continentes, já tem indirectamente 2,5% da TAP.

Reuters
26 de Julho de 2017 às 08:18
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Os chineses que estão na TAP, o grupo HNA, não tiveram autorização para avançar para a compra de um grupo de comunicação, o Global Eagle, nos Estados Unidos da América.

 

"A 25 de Julho de 2017, a empresa e a Shareco [da HNA] puseram termo ao acordo de investimento na sequência da incapacidade das partes em obter a aprovação exigida da comissão para o investimento externo dos EUA (Committee on Foreign Investment – CFIUS)", indica o comunicado publicado pela empresa sediada em Los Angeles.

 

A CFIUS é a comissão norte-americana que analisa as aquisições feitas por entidades estrangeiras na óptica de protecção de questões de segurança nacional e, segundo refere a Reuters, este anúncio da Global Eagle chega numa altura em que a comissão está mais adversa ao risco, sob a presidência de Donald Trump.

 

O negócio tinha sido anunciado em Novembro e visava o investimento de 416 milhões de dólares (357 milhões de euros) para a aquisição de cerca de 35% da empresa americana produtora de soluções de entretenimento. Com o não americano, a Global Eagle refere que vão continuar a ser discutidas "oportunidades para expandir a sua relação".

 

Um conglomerado de aquisições sob averiguações

 

Várias têm sido as notícias em torno deste grupo chinês. Os EUA estão a olhar para a compra da SkyBridge Capital, fundo que pertence a Anthony Scaramucci, o novo responsável pela comunicação da Casa Branca. O Banco Central Europeu analisa, por sua vez, a posição do grupo no Deutsche Bank. Na China, também há averiguações.

 

As autoridades chinesas estão a tentar perceber os efeitos sob o sistema financeiro chinês da HNA e de outro grupo daquele país com investimentos em Portugal, a Fosun. No caso da HNA, a Bloomberg compilou dados e concluiu que foram mais de 40 mil milhões de dólares (34 mil milhões de euros) investidos em aquisições desde o início de 2016.

Grupo detém indirectamente 2,5% da TAP

 

O grupo chinês, accionista do Deutsche Bank e da Azul de David Neeleman, é também já accionista indirecto da TAP. O Público noticia esta quarta-feira que o HNA controla 5,6% da Atlantic Gateway, a sociedade que controla 45% da TAP, a par dos 50% do Estado e dos 5% dos trabalhadores.

 

A Atlantic Gateway é detida, em 51%, pelo empresário Humberto Pedrosa, através da sua "holding" HPGB, e por David Neeleman, a quem é atribuída uma posição de 43,4% no consórcio. Indirectamente, como calcula o Público, o grupo chinês fica com 2,5% da TAP.

 

Através da posição na Azul, o conglomerado chinês adquiriu obrigações convertíveis da transportadora aérea.

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