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Investimento da China no mundo afunda 45% até Julho

O investimento chinês no exterior, nos primeiros sete meses do ano, registou uma queda homóloga de 44,3%, enquanto o investimento estrangeiro na China recuou 1,2%, revelou hoje o ministério chinês do Comércio.

Reuters
16 de Agosto de 2017 às 08:53
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Entre Janeiro e Julho, o investimento chinês além-fronteiras atingiu os 57.200 milhões de dólares (48.750 milhões de euros), enquanto o capital recebido pela China ascendeu a 72.790 milhões de dólares (62.030 ME).

A queda do investimento deve-se às medidas adoptadas por Pequim contra o excesso de gastos além-fronteiras pelas grandes firmas chinesas, como o Fosun e o HNA Group, que detêm participações em importantes empresas portuguesas.

Os reguladores chineses emitiram este ano um raro comunicado conjunto, no qual advertem para investimentos "irracionais" além-fronteiras, nos sectores imobiliário, entretenimento e desporto, onde abundam "riscos e perigos ocultos".

Já o investimento chinês em projectos no âmbito das Novas Rotas da Seda - um gigante plano de infraestruturas lançado por Pequim para interligar as grandes cidades ao longo das antigas rotas comerciais - ascendeu a 6.520 ME, nos primeiros sete meses do ano, uma subida homóloga de 5,7%.

A China tornou-se, nos últimos anos, um dos principais investidores em Portugal, comprando participações importantes nas áreas da energia, dos seguros, da saúde e da banca.

O Fosun é o maior accionista do banco Millennium BCP e detém a seguradora Fidelidade, o grupo Luz Saúde e uma participação de 5,3% na REN - Redes Energéticas Nacionais. A HNA é accionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul.

Segundo dados oficiais portugueses, desde que a China Three Gorges comprou 21,3% da EDP, em 2012, o montante do investimento chinês em Portugal já ultrapassou os 10.000 milhões de euros.
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