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CEO da ANA: “Ryanair tem toda a liberdade de se ir embora”
O presidente executivo da ANA explicou no Parlamento que a low-cost não tem qualquer obrigação contratual de continuar a voar em Portugal e lembrou que a Ryanair já saiu de outros países.
O presidente executivo da ANA – Aeroportos de Portugal afirmou esta quarta-feira no Parlamento, relativamente a uma eventual saída da Ryanair de Portugal, que "infelizmente têm todo o direito de fazer isso, têm toda a liberdade de dizer que vão embora, já fizeram isso em outros países".
Thierry Ligonnière explicou na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, que a actuação da ANA "é dar às companhias aéreas mecanismos, através de taxas e incentivos, para elas considerarem o destino Portugal atractivo e condições operacionais que possam favorecer a actividade delas", mas a "Ryanair pode dizer quejá não encontra condições operacionais e económicas suficientes para preencher os seus objectivos e deixar as operações".
O CEO da ANA frisou que não há obrigações por parte da companhia, explicando apenas que se a companhia deixar operação no meio de um incentivo que seja anual tem obrigação de reembolsar o que foi recebido a mais. "Mas não tem obrigação contratual de ficar e pode dizer a qualquer momento que vai embora", salientou.
Thierry Ligonnière garantiu aos deputados que a Ryanair só beneficia hoje "exclusivamente de programas de incentivos públicos disponíveis a todas as companhias", depois de em 2017 terem chegado ao fim contratos anteriores à privatização, relacionados com o desenvolvimento das bases no país, que não foram renovados.
O CEO da ANA explicou ainda que está a dar através de programas de incentivos 5% da receita regulada total, ou seja 22 milhões de euros.