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CEO da ANA: “Pontualidade das companhias tem sido a grande dificuldade” em Lisboa

Thierry Ligonnière responsabiliza os atrasos das companhias pelas dificuldades no aeroporto de Lisboa nos meses de Verão, explicando que estes dificilmente são recuperáveis nas horas seguintes.

26 de Setembro de 2018 às 11:40
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O presidente executivo da ANA – Aeroportos de Portugal,  Thierry Ligonnière, explicou esta quarta-feira no Parlamento que a dificuldade que o aeroporto de Lisboa tem registado "tem muito a ver com os atrasos" das companhias aéreas.

 

Como acrescentou, "relativamente à infra-estrutura só há duas circunstâncias em que pode criar atrasos: é quando está a ser usada perto do limite da sua capacidade e quando parte da infra-estrutura se torna indisponível".

 

"A tentação é grande para alguns dos stakeholders falarem do aeroporto para que as responsabilidades não sejam tão evidentes", apontou, garantindo que do lado do aeroporto "temos 99,9% de disponibilidade de equipamentos".

 

Para Thierry Ligonnière, a regularidade e pontualidade das companhias "tem sido a grande dificuldade durante os meses de Verão", salientando que nos últimos anos o aeroporto de Lisboa viveu "duas situações difíceis no Verão", em 2014 e 2018. "As dificuldades que tivemos têm muito a ver com os atrasos", reforçou.

 

"Uma infra-estrutura não cria atrasos por si, mas pode dificultar a recuperação de atrasos ao longo do dia", salientou ainda o responsável, explicando que "um atraso que acontece é dificilmente recuperável nas horas subsequentes, porque os slots estão ocupados", o que "cria uma bola de neve e atrasos ao longo do dia".

 

Em resposta a questões dos deputados, o responsável disse não estar previsto no plano de expansão do aeroporto de Lisboa um terceiro terminal, mas sim "a expansão doterminal 1, com novas salas de embarque e posições de contacto para favorecer a eficiência do hub".

 

Relativamente ao controlo de fronteiras, Thierry Ligonnière salientou que a capacidade instalada na infra-estrutura – a quantidade de boxes - permite responder às necessidades. "Aí o trabalho a realizar é relativo à quantidade de operadores dentro das boxes nos momentos necessários à operação".

 

O CEO da ANA salientou ainda a importância do fecho definitivo da pista 17/35, para "permitir os desenvolvimentos do aeroporto de Lisboa para podermos aliviar a saturação no curto prazo", conseguindo criar mais posições de estacionamento, acrescentando estarem ainda decorrer negociações com a Força Aérea.

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