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Ryanair cancela menos de 100 voos devido a greve de pilotos na Alemanha
A transportadora aérea Ryanair informou hoje ter cancelado menos de 100 voos devido ao anúncio dos pilotos das bases alemãs de aderirem à greve de sexta-feira, que inclui pilotos holandeses e tripulantes de seis países, incluindo Portugal.
Em informação divulgada na rede social Twitter, a transportadora aérea de baixo custo anunciou ter "pré-cancelado alguns voos (menos de 100) amanhã (sexta-feira, dia 28) devido à greve" anunciada pelo sindicato VC na Alemanha.
Os passageiros afectados foram contactados, segundo a empresa, que tinha anunciado anteriormente o cancelamento de outros 150 voos devido à paralisação europeia.
Em comunicado, o sindicato VC informou que a convocatória de greve abrange todos os pilotos das bases alemãs e que "todos os voos que partem da Alemanha entre as 03:01 de sexta-feira até às 02:59 de sábado (horas locais) serão afectados", além de alegar que a companhia aérea irlandesa ainda não melhorou a sua oferta desde a última paralisação.
No entanto, a Ryanair contrariou hoje a posição do sindicato numa nota distribuída, na qual explica que enviou na quarta-feira a cópia de uma carta ao sindicato VC, a pedido do mesmo, depois de sete horas de negociações na terça-feira, em Frankfurt.
Nesta carta, a Ryanair refere que foi estabelecido um acordo com o sindicato VC na Alemanha para que se inicie um processo de arbitragem dentro de sete dias, apesar de o sindicato reivindicar 14 dias.
Na quarta-feira, a companhia aérea de baixo custo Ryanair reviu em baixa o número de voos que vão ser cancelados na sexta-feira devido à greve para 150, face aos 190 inicialmente previstos.
A greve dos tripulantes de cabine afectará as bases de Portugal, Espanha, Bélgica, Holanda, Itália e Alemanha, tendo os pilotos da Holanda, associados do VNV, anunciado que se juntavam também ao protesto.
A companhia aérea, que está há vários meses envolvida em disputas laborais, assegurou que enviou mensagens a todos os clientes afectados informando-os do cancelamento do seu voo, assim como das opções disponíveis.
Os tripulantes têm reivindicado a aplicação das leis laborais nacionais e não as irlandesas.