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Boeing: o maior bimotor do mundo descola em 2020 e será assim
Asas com maior envergadura, cabines e janelas com maiores dimensões, alcance superior e poupanças no combustível estão entre as vantagens prometidas para o novo modelo. Também a navegação será facilitada, com o uso de ecrãs tácteis.
O construtor aeronáutico norte-americano Boeing finalizou o desenho do seu novo modelo 777-9X, que deverá vir a ser o maior avião com dois motores a jacto no mundo e estará pronto a cruzar os céus a partir de 2020.
A evolução do 777 terá capacidade para 400 passageiros e um alcance de 8.700 milhas náuticas (cerca de 16 mil quilómetros) e a sua envergadura (71,8 metros) será tal que as pontas das asas estão preparadas para recolher para que possa circular na pista sem causar problemas na operação do aeroporto.
A superfície das asas (em materiais compósitos) será maior, permitindo ao aparelho comportar-se quase como um planador. Combinadas com novos motores (os GEX9), também ajudarão a reduzir o consumo de combustível.
No cockpit, a navegação será feita através de cinco ecrãs tácteis, tornando as operações mais intuitivas para os pilotos e os voos mais eficientes. Entre as vantagens apontadas estão a maior facilidade na selecção de dados, além de reduzir o tempo necessário à formação dos pilotos para lidar com novas funcionalidades, que estarão disponíveis como se se tratassem de aplicações informáticas.
Uma cabine de maiores dimensões, janelas 15% maiores e compartimentos desenhados para acomodar mais bagagem fazem também parte das características da aeronave, cujos interiores serão divulgados em breve. Para já, os engenheiros deixam saber que terão cores quentes.
Até ao momento a Boeing tem mais de 300 encomendas asseguradas deste aparelho, estando o início de produção previsto para daqui a menos de dois anos (em 2018). Entre os clientes estão já a All Nippon, a Cathay Pacific, a Emirates (150 aparelhos), a Etihad, a Lufthansa e a Qatar Airways (60 encomendas).