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Acordo para a TAP conseguido no limite

A companhia aérea brasileira aceitou abdicar do direito de converter as obrigações da TAP em ações, mas quer que o Estado lhe garanta tratamento igual aos outros credores.

9.º TAP
02 de Julho de 2020 às 09:05
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A companhia aérea brasileira Azul, de que David Neeleman é chairman e acionista, aceitou esta madrugada a condição imposta pelo Estado de ceder o direito a converter em capital o empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros que fez à TAP. No entanto, a empresa colocou como condição ao Estado a garantia de receber tratamento igual aos outros credores. Uma proposta que está a ser analisada.

Está, agora, nas mãos do Governo a aceitação da condição da Azul para que esta negociação chegue ao fim, de forma que seja evitada a nacionalização da TAP e possam ser injetados os 1.200 milhões de euros de ajudas públicas. A reunião do Conselho de Ministros está a decorrer esta quinta-feira e daí poderão já sair decisões.

O Estado, que inicialmente chegou a pretender que a Azul convertesse o empréstimo em ações da TAP para capitalizar a companhia, quis agora assegurar que a companhia brasileira não o fizesse. Isto porque a conversão deste empréstimo em ações da transportadora portuguesa lhe daria 6% do capital e 41,25% dos direitos económicos da TAP. E o Executivo quer salvaguardar que com a TAP reestruturada a Azul não possa vir a reclamar parte do controlo da empresa.

Com esta condição agora aceite, a companhia brasileira cede o direito de conversão, ficando com as obrigações até à maturidade, ou seja, junho de 2026.

David Neeleman tinha já aceitado, quarta-feira, 55 milhões de euros para sair, enquanto acionista, da Atlantic Gateway, dona de 45% da TAP.

Em cima da mesa está agora a possibilidade de o Estado elevar a sua participação para 70%, Humberto Pedrosa para 25% e os trabalhadores manterem 5% da companhia. No entanto, essas posições terão ainda de ser confirmadas, estando nas mãos do Estado a decisão sobre a percentagem do capital da TAP com que pretende ficar e qual a que caberá ao empresário português dono do grupo Barraqueiro.

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