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Sindicato alerta que PT está a transferir trabalhadores à "queima-roupa" e "com ameaças"

O sindicato que representa os trabalhadores da PT Portugal considera que o processo de transferência de trabalhadores do grupo está a ser feito "à queima-roupa" e "com represálias chegando a ameaçar de despedimento”.

Pedro Elias/Negócios
26 de Outubro de 2015 às 12:31
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Desde Junho que a PT Portugal, que passou para as mãos da Altice, está a reorganizar a empresa. A mobilidade dos trabalhadores, quer do local de trabalho quer de funções, a redução do outsourcing e a substituição desses postos por trabalhadores internos são alguns dos passos desse processo.

Esta estratégia foi apresentada pelo presidente da administração da dona do Meo, Armando Pereira, aos sindicatos a 9 de Junho.

Na altura, "Armando Pereira foi muito claro ao dizer que essa era uma forma muito relevante de garantir a estabilidade do emprego na PT Portugal. Nessas circunstâncias é natural que trabalhadores e sindicatos em princípio não se revelassem contrários a tal estratégia", explica o Sindicato dos Trabalhadores do grupo Portugal Telecom (STPT), em comunicado enviado às redacções.

Porém, de acordo com o sindicato, têm surgido alguns problemas "pela forma como estão a ser postas em prática estas medidas". Não tendo o cuidado de explicar serenamente os motivos da necessidade de alterar o local de trabalho e/ou as funções aos trabalhadores, e pelo contrário é à "queima-roupa" e por vezes com ameaças que informam os trabalhadores quando estes legitimamente apresentam alguma resistência à mudança!", alerta o sindicato.

 

O mesmo documento sublinha que quer o Acordo de Trabalho da empresa quer a Lei do Código de Trabalho "prevêem a possibilidade do empregador poder transferir o trabalhador para outro local de trabalho". Mas, frisa que segundo a mesma lei "o trabalhador deve, em princípio, exercer outras funções que sejam afins ou funcionalmente ligadas à categoria detida".

 

"Só, nestas condições", continua, "é que o Comité Executivo, através dos Recursos Humanos, deverá movimentar o trabalhador quer geografica quer funcionalmente".

 

Por estas razões considera que "não se admite por isso as atitudes por vezes 'ameaçadoras', com que algumas hierarquias se estão dirigindo aos trabalhadores ameaçando com represálias chegando a ameaçar de despedimento contrariando assim as posições do presidente do Conselho de Administração e do Presidente do Comité Executivo perante os sindicatos".

 

"O STPT entende que nesta fase torna-se importante que a Administração vá ao 'terreno' junto dos trabalhadores dar os esclarecimentos adequados sobre a alteração estrutural e estratégica e quais os objectivos da gestão que está a ser levada à prática", conclui.

O Negócios contactou a PT Portugal, mas até ao momento não obteve resposta.

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