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Samsung encerra unidade de estratégia corporativa, depois de escândalo de corrupção

O grupo tecnológico está envolvido num escândalo sem precedentes, que já levou a que a presidente da Coreia do Sul fosse impugnada. Esta unidade é apontada como estando no centro dos problemas.

Reuters
28 de Fevereiro de 2017 às 11:40
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A Samsung encerrou uma unidade de estratégia corporativa, que está no centro de um escândalo de corrupção que ameaça abanar o Governo da Coreia do Sul, cuja presidente está em risco de perder o mandato por causa da polémica. Este escritório, com cerca de 200 pessoas, não existia enquanto entidade legal, mas tinha muito poder por ser usado pela família Lee como instrumento de financiamento. Vários políticos no país acusaram este ramo do negócio da Samsung de levar a cabo acções de lobby pouco claras.


As autoridades sul coreanas anunciaram esta terça-feira, 28 de Fevereiro, que iriam prosseguir com acusações contra Jay Y. Lee, um dos líderes do grupo de telecomunicações, por subornos e desfalque. O responsável foi preso a 17 de Fevereiro pelo seu alegado papel envolvendo a presidente Park Geun-hye, que foi impugnada. Além de Lee, mais quatro executivos estão a ser investigados em Seul.


Em causa estão as ligações do acusado a Choi Soon-sil, uma amiga da presidente, que está no epicentro da polémica, com o objectivo de cimentar o seu controlo do império que liderava.


As acusações, que levaram à impugnação da presidente, alegam que a responsável política, em conjunto com Choi Soon-sil, levou a cabo uma estratégia para pressionar grandes empresas, incluindo a Samsung, a doar a duas fundações criadas para apoiar as políticas da presidente, explicou a Reuters. Park Geun-hye corre o risco de ser a primeira presidente democraticamente eleita a perder o cargo, ainda que não possa ser acusada, por causa do cargo. Mas os magistrados encarregues da operação classificaram-na como suspeita.  


Lee é suspeito de canalizar cerca de 38 milhões de dólares (35,9 milhões de euros) em subornos para uma empresa e organizações apoiadas pela amiga da presidente Park em troca de futuros favores e para cimentar o seu controlo do grupo.

Entre as acusações está o patrocínio da carreira equestre da filha de Choi. 

A Samsung tem passado por dificuldades desde o ano passado. A empresa foi obrigada a cancelar um dos seus modelos, o Galaxy Note 7, cujas baterias explodiam em certas condições. O telemóvel está proibido de entrar em aviões de várias companhias aéreas. 

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