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Oi está interessada na compra da Tim, apesar de ainda não haver negociações formais
A companhia de Zeinal Bava pode vir a apresentar uma oferta conjunta de 10 mil milhões de euros pela operadora brasileira da Telecom Italia. A Tim poderá ficar assim dividida em 40% para a Claro, 35% para a Oi e 25% para a Vivo.
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A Oi está interessada na compra da Tim, a operadora brasileira detida pela Telecom Italia, mas não está a negociar oficialmente a sua aquisição.
A empresa liderada por Zeinal Bava veio a público esclarecer o mercado que "não está envolvida, até esta data, em quaisquer negociações formais com quaisquer terceiros a respeito" da compra da Tim, disse a Oi em comunicado.
Contudo, a Oi está interessada no negócio e informa que contratou o banco BTG Pactual para "desenvolver alternativas com o objetivo de viabilizar uma proposta para aquisição da participação da Telecom Italia na Tim".
Esta informação é prestada depois do jornal Estado de São Paulo ter noticiado no dia 6 de Setembro que a Oi estava a preparar uma proposta de 30 mil milhões de reais (10,10 mil milhões de euros) para comprar a Tim Brasil.
A oferta seria apresentada em conjunto com outras duas empresas, com a Tim a ser divida em 40% para a Claro, 35% para a Oi e 25% para a Vivo. A Claro, detida pelo grupo mexicano América Móvil de Carlos Slim, ficaria assim com a maior percentagem da companhia.
Já a Telecom Italia pode vir a exigir 13 mil milhões de euros pela sua participação de 67% na Tim, segundo avançou a Bloomberg citando várias fontes.
Esta proposta conjunta vai avançar depois dos accionistas da Portugal Telecom terem dado luz verde aos novos termos do acordo com a Oi esta semana, enquanto no Brasil a Telefónica levou a melhor sobre a Telecom Italia na compra da empresa brasileira operadora de redes sem fios GVT.
Segundo o Estadão, a Oi teria interesse em ficar com a operação no estado de São Paulo, assim como nos estados do Sul do país, onde tem uma menor presença. Já a Claro também está interessada em São Paulo, assim como Minas Gerais e partes do Sul, enquanto a Vivo tem preferência pelo Nordeste, diz o Estadão.
A proposta poderá ser apresentada antes do leilão sobre a rede 4G que vai ter lugar no Brasil a 30 de Setembro.
A Oi rejeita "confirmar ou desmentir" as notícias que têm vindo a ser divulgadas pela comunicação social "já que tais manifestações poderiam ser prejudiciais aos interesses e estratégias da companhia". No entanto, promete manter "os seus acionistas e o mercado" devidamente informados em relação à compra da Tim.
A cotação da Oi na bolsa de São Paulo está a subir 1,3% para 1,56 reais esta quinta-feira.