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Moelis pode concentrar negociação com credores da Oi
A norte-americana Moelis pode vir a concentrar todas as negociações com detentores de dívida da Oi, segundo o Valor Económico. A Capricorn Capital avançou com uma acção contra a Oi para impedir que se junto da sua subsidiaria brasileira.
As negociações dos credores da Oi podem ser concentradas na norte-americana Moelis, segundo o site brasileiro Valor Económico. O objectivo passa por agilizar o processo.
A dívida líquida da Oi subiu 24,8% no final de 2015 para 38,1 mil milhões de reais (9,5 mil milhões de euros), e tem sido uma das principais dores de cabeça da operadora brasileira que tem a Pharol como maior accionista com 27,5% do capital.
De acordo com o mesmo site brasileiro, cerca de 70% dos títulos de dívida da Oi estão no mercado de capitais internacional e o restante no brasileiro.
Nas últimas semanas a Oi tem estudado opções para diminuir o seu forte endividamento, tendo contratado a PJT Partners para ajudar a encontrar alternativas.
Além disso, como foi noticiado, os accionistas portugueses estão em conversações com fundos norte-americanos, entre outros, para avaliar um possível reforço de capital na operadora na sequência do fim das negociações exclusivas com o fundo russo LetterOne depois de a TIM ter anunciado que não estava interessada em avançar com uma combinação de negócios com a Oi.
Oi enfrenta processo contra subsidiária holandesa
Recentemente, segundo a Bloomberg, a Oi foi também alvo de um processo interposto por um credor internacional o fundo Aurelius, para prevenir que a Oi utilize a sua subsidiária holandesa, a Brasil Holdings Cooperatief, para se financiar.
O Aurelius Fund, da Capricorn Capital, argumenta que a subsidiária holandesa já emprestou 2,8 mil milhões de euros à Oi e que a mesma não tem condições para pagar esse montante devido à actual situação financeira.
A maioria dessa quantia foi feita através da Portugal Telecom International Finance (PTIF), veiculo que a Oi herdou da dona do Meo. A Capricorn detém títulos da PTIF no valor 100 milhões de euros.
De acordo com o processo citado pela Bloomberg, a Oi alega que o objectivo da subsidiária holandesa sempre foi financiar outras áreas de negócio e assegura que, quer a Oi quer a PTIF, cumpriram as suas obrigações de pagamento.