Notícia
KPMG já não vai ser auditor externo da PT
A empresa de auditoria diz ter concluído que não lhe é possível aceitar as funções de auditor externo da PT SGPS. A cotada portuguesa irá assim solicitar este serviço a outra auditora. Isto depois de a Deloitte já ter também recusado estas funções.
"Na sequência dos comunicados divulgados ao mercado nos dias 8 e 9 de Janeiro de 2015, a Portugal Telecom, SGPS informa ter sido hoje notificada pela KPMG & Associados – SROC, S.A. de que, após a conclusão dos procedimentos referidos naqueles comunicados, a KPMG Portugal concluiu não lhe ser possível aceitar as funções de auditor externo da PT SGPS", refere o comunicado da cotada publicado na Comissão de Valores do Mercado Imobiliário (CMVM).
Assim, a A PT SGPS "solicitará a outra firma de auditoria uma proposta de auditoria integrada das demonstrações financeiras da PT SGPS para o exercício de 2014, a incluir no Form 20-F a apresentar junto da U.S. SEC, bem como das correspondentes demonstrações financeiras estatutárias individuais e consolidadas, possibilitando a nomeação de um novo auditor externo no mais curto espaço de tempo possível", conclui o documento.
A 8 de Janeiro, a PT SGPS anunciou que no passado dia 18 de Dezembro a Deloitte apresentou o "seu pedido de renúncia às funções de auditor externo" da PT SGPS em relação ao exercício de 2014. Em causa estava a decisão da Oi de "nomear outro auditor para a PT Portugal e suas participadas portuguesas relevantes", que foi a KPMG.
Com esta decisão, referia o comunicado, a "Deloitte passou a auditar directamente uma ínfima parte dos activos e dos proveitos consolidados da PT SGPS, pelo que entendeu não dispor de condições técnicas para continuar a assumir a responsabilidade pela certificação das contas consolidadas da PT SGPS do exercício de 2014".
Por conseguinte, acrescentava, a comissão de auditoria da PT SGPS convidou a KPMG. Com efeito, esta auditora – que audita a PT Portugal e suas participadas portuguesas – foi convidada a apresentar "uma proposta de auditoria integrada das demonstrações financeiras da PT SGPS para o exercício de 2014, a incluir no Form 20-F a apresentar junto da U.S. SEC, bem como das correspondentes demonstrações financeiras estatutárias individuais e consolidadas".
Entretanto, no dia seguinte, 9 de Janeiro, a empresa liderada por João de Melo Franco esclareceu que a adjudicação da proposta anunciada não implicava a entrada imediata em funções da KPMG.
"A Portugal Telecom, SGPS esclarece que, no seguimento do comunicado divulgado no dia 8 de Janeiro de 2015 relativo à nomeação da KPMG & Associados – SROC, S.A. como auditor externo da empresa, a adjudicação da proposta anunciada não implica a entrada imediata em funções da KPMG, visto que a mesma prevê e está condicionada à conclusão de procedimentos de aceitação que se encontram ainda em curso", indicava o comunicado divulgado junto daCMVM.
"Informa-se ainda que os procedimentos que têm caracter prévio à aceitação por parte da KPMG incluem nomeadamente a recepção de documentação por parte dos anteriores auditores, bem como reuniões prévias com estes, e outros procedimentos necessários e adequados nestas situações incluindo sobre os temas que têm vindo a ser referidos na comunicação social", acrescentava o documento.
Esta segunda-feira, 9 de Fevereiro, a PT SGPS informa então que a KPMG concluiu não lhe ser possível aceitar as referidas funções.
Recorde-se que, em reunião realizada a 18 de Setembro, o conselho de administração da PT decidiu nomear João Manuel de Mello Franco para exercer as funções de "chairman" da operadora. A Comissão Executiva deixou de existir no início de Outubro.
Na sessão desta segunda-feira, a PT SGPS fechou a subir 1% para 0,706 euros.