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Falta de dinheiro nos CTT para pagar pensões? Governo atento

O número de queixas sobre o pagamento de vales de reformas nos CTT têm aumentado, diz a Anacom. Os CTT garantem que "não há qualquer situação anormal". O Governo está a "acompanhar" o assunto.

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23 de Janeiro de 2017 às 22:00
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Nos últimos anos as queixas relacionadas com o pagamento de vales de prestações sociais nos balcões dos CTT têm aumentado. A informação foi avançada por Fátima Barros, presidente da Anacom, no Parlamento, depois dos sindicatos do sector terem relatado problemas no pagamento de reformas por falta de dinheiro em caixa nos balcões dos Correios.

Contactado pelo Negócios, fonte oficial do gabinete do secretário de Estado das Infraestruturas garante que o "Governo tem vindo a acompanhar a situação, nomeadamente através da análise e dos pedidos de informação suplementares à Anacom, entidade à qual compete, em primeira instância, a verificação do cumprimento das obrigações legais em causa, assim como o desenvolvimento de eventuais acções correctivas".

Quando acontecem, estas situações são, regra geral, resolvidas em menos de uma hora, através da entrada de dinheiro em caixa ou do recurso aos bancos. Fonte oficial dos CTT

Fonte oficial dos CTT referiu ao Negócios que "não há qualquer situação anormal que tenha ocorrido ou esteja a ocorrer com o pagamento de vales de pensões sociais nos cerca de 1.900 balcões dos CTT".

Na passada sexta-feira a presidente da Anacom, que estava a ser ouvida na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, revelou que de Janeiro a Setembro de 2016 chegaram 205 queixas sobre este tema ao regulador. Um número que compara com 88 reclamações recebidas no ano anterior e com as 75 registadas em 2014.

Dado o aumento das queixas, Fátima Barros sublinhou que a Anacom está a acompanhar o tema, tendo contactado os CTT e também várias Juntas de Freguesia para perceber a dimensão da situação.

A mesma fonte dos CTT sublinhou ao Negócios que a empresa "mantém uma monitorização muito fiável aos montantes pagos, em média, e em cada dia, em cada um destes balcões, informação corroborada com os dados das entregas destes mesmos vales nas caixas de correio".

Quanto ao número de queixas, os CTT explicam que "considerando que todos os dias só as lojas próprias atendem 102 mil clientes e que, por mês, são pagos 608 mil vales de prestações sociais pelos CTT, o volume de reclamações referido - sendo sempre de considerar por uma empresa que quer sempre melhorar os seus serviços, como é o caso dos CTT – é, estatisticamente, negligenciável".

A denúncia da falta de dinheiro em caixa pouco tempo depois de abrirem as portas ao público foi feita pelos sindicatos do sector na semana passada no Parlamento.

A mesma fonte dos CTT garante que, "quando acontecem, estas situações são, regra geral, resolvidas em menos de uma hora, através da entrada de dinheiro em caixa ou do recurso aos bancos. Mesmo nestas situações, se o cliente preferir não esperar, pode dirigir-se a qualquer um dos 1.900 balcões" da rede.

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