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Drahi confia em Alexandre Fonseca para pôr Portugal “num lugar central no futuro do grupo”

Num email enviado aos trabalhadores da Meo, o fundador explica os motivos das alterações no “board” da operadora. E garante que o grupo está preparado para enfrentar “este período irracional dos mercados”.

Alexandre Fonseca substitui Cláudia Goya na presidência executiva da Meo Miguel Baltazar
Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 21 de Novembro de 2017 às 19:28

As últimas semanas têm sido turbulentas para a Altice. Depois dos resultados do terceiro trimestre terem ficado abaixo das estimativas e os títulos do grupo terem estado sob pressão na bolsa, Patrick Drahi enviou um email para tentar tranquilizar os trabalhadores da Meo.

"Dirijo-me a vós directamente para vos dizer que as perturbações bolsistas nas acções da Altice não nos devem afastar do nosso objectivo quotidiano e comum: servir os nossos clientes. Bem pelo contrário, as actividades diárias para melhor servir os nossos clientes devem ser a primeira das prioridades, particularmente em Portugal", refere o fundador da Altice no email, a que o Negócios teve acesso, enviado esta quarta-feira aos trabalhadores da Meo.

A missiva foi enviada pouco tempo antes de terem sido conhecidas as alterações no "board" da Meo, com Alexandre Fonseca a passar a ocupar o cargo de CEO, em substituição de Cláudia Goya que foi noemada presidente da administração. Uma função que ficou vaga com a saída de Paulo Neves da empresa.

"Quero que tenham presente que, apesar da queda da cotação na bolsa, nós beneficiamos hoje de uma clara estabilidade financeira. A nossa dívida está garantida a 85% com taxa fixa e o primeiro reembolso relevante não acontecerá antes de 2022. Quer isto dizer, claramente, que se as taxas subirem ou se as agências revirem a notação da nossa dívida, tal não terá rigorosamente nenhum impacto na empresa nos 5 próximos anos", acrescentou o "chairman" da Altice. "Estamos preparados, perfeitamente aptos e, mais do que nunca, determinados a enfrentar este período irracional dos mercados", reforçou.

Depois de terem anunciado que a desalavancagem da dívida e a venda de activos estava no topo das prioridades da empresa, Patrick Drahi sublinha no mesmo email que considera que a Altice tem "todos os activos relevantes" na sua posse.

E explica os motivos da mudança do "board" da Meo: "Decidimos, neste período importante para o grupo, fazer evoluir a gestão da Altice, assim como a das suas filiais. Em Portugal, pedimos ao Alexandre Fonseca para assumir as funções de CEO da Portugal Telecom".

"O Alexandre tem toda a nossa confiança e tem uma grande experiência em telecomunicações, em inovação e em tecnologia, no seio do nosso grupo", referou. Quanto a Cláudia Goya , que se juntou à Meo no último verão, comenta "que soube gerir com sucesso a empresa durante os últimos meses".

Mas as referências ao mercado português não ficam por aqui. "Em Portugal, desde há mais de dois anos, estamos orgulhosos do trabalho efectuado, mas sabemos que podemos ir mais longe. Portugal é hoje uma das nossas maiores apostas no mundo. O nosso compromisso com o país, com a economia e com a inovação é continuar a construir um grupo Altice forte, sólido, moderno e capaz".

"Para mim, bem como para o Armando [Pereira], Portugal ocupa um lugar central nas nossas histórias pessoais, nas nossas vidas profissionais e no futuro deste nosso grupo. Podem, então, contar com o Armando, com o Alexandre, com a Cláudia, com a administração da Portugal Telecom e comigo para vos acompanhar na prossecução do trabalho indispensável que todos os dias vocês dedicam à PT e a Portugal", conclui o email assinado por Patrick Drahi.

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