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Credores da Oi podem ficar com até 80% da empresa

A solução de conversão de dívida em capital deverá ser uma das condições apresentadas esta segunda-feira no plano de reestruturação da telecom brasileira, avança o jornal Valor Econômico.

Reuters
Negócios 05 de Setembro de 2016 às 17:00
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Os detentores de dívida da operadora brasileira Oi podem vir a ficar, com a conversão de obrigações em acções, com entre 70% a 80% do capital da companhia. O intervalo é avançado pelo jornal brasileiro Valor Econômico, que cita fonte não identificada próxima do assunto. Segundo aquele órgão, a solução de conversão de dívida em capital resulta do plano de reestruturação que a companhia deverá apresentar ainda esta segunda-feira, 5 de Agosto, em tribunal.

O valor final de capital que caberá a estes credores depende, segundo a publicação, de negociações entre as partes. Além daquela conversão, o plano prevê um alargamento superior a 15 anos do prazo de pagamento a instituições financeiras e a assunção de uma redução de 70% nas dívidas aos obrigacionistas.

Durante o fim-de-semana, a Bloomberg avançou que a Pharol e a Société Mondiale, accionistas de referência da Oi, estariam a preparar-se para aprovar e apresentar em tribunal o plano de reestruturação da operadora, colocando um ponto final no diferendo que as opunha.

O acordo entre as partes, segundo a agência noticiosa, prevê a entrada do Société Mondiale (terceiro maior accionista) na administração da empresa, que em contrapartida desistiria de afastar os administradores portugueses do "board" e da acção judicial por danos resultantes da fusão com a Oi.

No final da semana passada, as autoridades judiciais suspenderam a realização da assembleia geral prevista para esta quinta-feira – onde seria votado o afastamento dos administradores portugueses – e determinaram 20 dias para a realização de mediação entre as partes.

A Oi encontra-se em recuperação judicial, uma medida que visa evitar a falência,  desde 20 de Junho passado. Nas semanas anteriores à entrega do pedido, Oi e credores falharam em alcançar uma solução para a renegociação da dívida que se situava em 65,4 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros).

Cerca de 230 milhões de euros dessa dívida atingiam a maturidade a 26 de Julho e era devida a investidores de retalho da antiga Portugal Telecom. A Moelis, contratada para assessorar os credores da operadora, chegou a apresentar uma proposta que pressupunha a conversão da dívida em capital de forma a aumentar a posição dos credores para 95% do capital.

Os papéis da Pharol – que detém 22,24% da Oi - encerraram a sessão desta segunda-feira a disparar 17,28% para 0,224 euros.

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