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Oi prevê regressar aos lucros em 2020
Com a reestruturação da dívida com os credores e a venda de activos a consultora EY prevê que as contas da Oi saiam do vermelho em quatro anos. Para os credores há duas propostas em cima da mesa.
A Oi entregou na segunda-feira o plano de recuperação judicial no Tribunal, dentro do prazo previsto. O processo, o maior da história brasileira, assenta na reestruturação da dívida e na alienação de activos.
Com a implementação deste plano, de acordo com as estimativas da consultora EY, a operadora que tem a Pharol como maior accionista, deverá regressar aos lucros em 2020. Em quatro anos, a Oi deverá conseguir fechar as contas com um resultado líquido de 1.044 milhões de reais.
No que toca ao plano para os credores, a Oi propõe que parte dos créditos seja convertida em acções até um limite de 32,3 mil milhões de reais.
Durante três anos, após a homologação do plano, no final de cada semestre a Oi fica com a possibilidade de resgatar parcial ou integralmente esses títulos com um valor acrescido de juros de 4% ao ano.
Caso os valores mobiliários em questão (até 10 mil milhões de reais) não sejam resgatados em dentro desse prazo, serão convertidos em acções que representem 85% do capital social da Oi "ou da sociedade que venha a substituí-la após reorganização societária", lê-se no documento.
Esta opção é restrita a credores com créditos equivalente a 50 mil reais.
No caso do plano sem reestruturação sem conversão em acções, a Oi propõe um período de carência de 11 anos. Ou seja, sugere pagar em 14 parcelas semestrais a partir do 11º ano após aprovação do plano de recuperação judicial.
Os credores têm agora 30 dias, que começam a contar a partir da apresentação do plano de recuperação, para emitir um parecer à proposta da Oi.
Quanto à venda de activos, a Oi sugere alienar "directa ou indirectamente" as participações detidas pela PT Participações SGPS, em operadoras de telecomunicações na África e na Ásia, mercados onde detém a Cabo Verde Telecom, Unitel (da qual detém 25%) e a Timor Telecom. O documento não detalha, contudo, o nome das empresas que serão alienadas.
As operações de datacenters, de telefonia móvel e a rede de fibra óptica no Estado de São Paulo também integram a lista.
As acções da Oi valorizam 8,48% para 0,243 euros, depois de já terem estado a ganhar mais de 10% na sessão desta terça-feira em Lisboa.