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BCP reforça para mais de 6% na Pharol após executar penhor sobre a Ongoing  

O BCP passou a deter uma participação qualificada de 6,1689% do capital social e dos direitos de voto da Pharol, na sequência da execução de garantias dadas pela Ongoing. A empresa liderada por Nuno Vasconcellos enfrenta dificuldades financeiras.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, diz esperar que não seja demorada a entrada dos processos em tribunal.
Pedro Elias/Negócios
Negócios 15 de Agosto de 2015 às 00:34
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O banco liderado por Nuno Amado reforçou para mais de 6% a sua posição no capital accionista da Pharol, informou em comunicado à CMVM a antiga PT SGPS.

"Esta situação ocorreu na sequência do exercício, no dia 12 de Agosto, do direito de apropriação previsto em contrato de mútuo com penhores de acções e de outros valores, em que o BCP adquiriu 37.804.969 acções ordinárias, representativas de aproximadamente 4,2169% do capital social e direitos de voto da Pharol", sublinha o mesmo documento.


Consequentemente, o BCP passou a deter uma participação social correspondente a um total de 55.304.969 acções ordinárias, representativas de aproximadamente 6,1689% do capital social e dos direitos de voto da Pharol, conclui o comunicado.


O comunicado não adianta mais detalhes sobre que penhor de acções foi executado, mas a operação está relacionada com um processo de recuperação de créditos concedidos à Ongoing. As acções da Pharol tinham sido dadas como garantia.

O jornal Expresso noticiou no sábado passado que a Ongoing está em colapso financeiro e que o BCP poderia executar garantias sobre a empresa, cuja dívida para com o banco liderado por Nuno Amado ascende a mais de 230 milhões de euros. A empresa terá também decidido colocar o Diário Económico e o Económico TV à venda, bem como a sede da Ongoing.       


O jornal online Observador dá conta que as acções penhoradas são mesmo da Ongoing, que assim baixará a sua posição na Pharol para cerca de 5%.

No site da Pharol, a Ongoing aparece ainda como detendo 10% do capital. O Novo Banco é o maior accionista, com 12,6%. O banco que resultou da resolução do BES reforçou na Pharol no final do ano passado, tendo comprado acções que eram detidas pela Ongoing.

 

A Pharol, que é a principal accionista da operadora brasileira Oi, afastou-se ontem do mínimo histórico que tinha fixado em bolsa na véspera, ao disparar 17%, mas sem ter recuperado do ciclo de sete sessões consecutivas de perdas. Esta sexta-feira as acções da Pharol regressaram às quedas, fechando a afundar 10,36% para 0,277 euros.

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