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Anacom: Novas exigências para CTT são "melhor prática a nível mundial"

João Cadete de Matos, presidente da Anacom, garante que os níveis de exigência que quer estabelecer para o serviço dos CTT a partir de 1 de Julho, são dos melhores a nível mundial.

Bruno Simão
12 de Janeiro de 2018 às 16:12
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Os CTT têm "de assegurar a qualidade daquilo que resulta do serviço universal", assumiu João Cadete de Matos, presidente da Anacom, dizendo ser esse o objectivo das metas propostas para a qualidade de serviço dos Correios a partir de 1 de Julho.

Serão a "melhor prática a nível mundial", assumiu, admitindo ambicioso, mas que são os que garantem a qualidade do serviço universal.

Tal como a Anacom revelou esta quinta-feira, 11 de Janeiro, vai passar a haver 24 indicadores de qualidade de serviço, em vez dos actuais 11, e deixa de haver um limite mínimo, para haver uma meta de fiabilidade.

Cadete de Matos explicou no Parlamento que com os novos critérios os objectos extraviados vão passar a ser menores. Explicou que dos 122 milhões de objectos que os CTT entregam anualmente, no regime em vigor 4,8 milhões podiam ser entregues ao fim de 15 dias úteis. Ou seja, 300 mil objectos, no final desses 15 dias, podiam ficar por entregar, sem que os CTT incorressem em penalizações. 

Ou seja, 2,3 por cada mil, ou 0,3%. Agora com as novas regras, ao fim de 3 dias podem ficar por entregar 3,7% ou 4,5 milhões, que têm de ser entregues no máximo ao fim de 5 dias. Ficam, depois, na tal parte dos extravios 0,1%, ou 122 mil cartas. 

A Anacom deixa, assim, de ter um objectivo de correio não entregue, que foi o critério incumprido pelos CTT em 2016, mas porque fixa, agora, um critério de fiabilidade. O correio todo tem de ser entregue em 99,9%.

João Cadete de Matos explicou, ainda, que já fez saber aos CTT e à PriceWaterhouseCoopers (PwC), que mede a qualidade de serviço, que está a auditar as medições, podendo haver mudanças na forma de monitorizar os níveis de serviço.

"Não tive dúvidas em dizer ao presidente dos CTT e à PwC que não pode haver qualquer suspeita, quer com indicadores em vigor quer com novo sistema. É obrigatório evitar qualquer interferência dos CTT no teste, a amostra tem de ser anónima e os sistemas de certificação rigorosos. Não se podem criar condições para esta suspeita. Foi esta a posição clara que transmiti aos CTT e PwC para se encontrar soluções". 

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