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Altice: "Temos a máxima convicção e confiança" que compra da TVI "se vai realizar"

Dizendo acreditar que o negócio não é da esfera política, Alexandre Fonseca, presidente da Meo, afirmou que a motivação da Altice "é a certa".

Pedro Catarino
23 de Maio de 2018 às 11:08
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À afirmação de que o negócio de intenção de compra da Media Capital pela Altice não é da esfera política feita por Alexandre Fonseca, presidente da Meo, no Parlamento, logo o Bloco de Esquerda caracterizou a intervenção inicial do gestor como de "intervenção política".

 

Alexandre Fonseca começou a sua intervenção inicial no Parlamento falando do que a Altice Portugal tem feito a nível de investimento e até garantiu que a Altice tem criado postos de trabalho em Portugal, contabilizou em cerca de 4.000, incluindo os call centers.

 

Mas à intervenção inicial, o Bloco de Esquerda só fez uma questão: vai desistir da Media Capital ou vai ficar à espera que os reguladores chumbem a compra? Isto depois de Heitor Sousa ter contabilizado em quatro razões para o chumbo do negócio. "Não houve uma posição de oposição por parte da ERC, nenhuma oposição por parte da Anacom e aguardamos a AdC, temos estado a trabalhar activamente, dando conforto adicional para se concluir".

 

"Estamos serenamente a aguardar a decisão das autoridades competentes, porque respeitamos essas entidades". E atacou a Nos e a Vodafone dizendo que trouxeram a público informação confidencial, que atacaram governo e reguladores.

 

"Temos a máxima convicção e confiança que o negócio se vai realizar", acabou por responder ao Bloco.

 

Criticando o ruído que diz que tem sido criado à volta do negócio que é "de iniciativa privada, legal e transparente", pede que seja analisado num "ambiente de tranquilidade".

 

O presidente da Meo explicou que a transacção "insere-se num processo de convergência a nível internacional entre os dois sectores [media e telecomunicações], e não é a Altice a dar primeiro passo", salientando que o objectivo com a compra é "oferecer melhores produtos e serviços, criar melhores e mais conteúdos, produzir conteúdos em Portugal, para exportação, afirmar Portugal na linha frente na tecnologia, inovação e empreendedorismo". 

 

Por isso, para Alexandre Fonseca não deve merecer "qualquer oposição por parte da AdC", sendo "fundamental que este negócio possa ser concluído para dar capacidade a este sector". 

 

Realçou, por outro lado, que as motivações são as certas. "As nossas motivações prendem-se com a crença de projecto conteúdos, Portugal tem condições técnicas, humanas, climáticas e operacionais para esta aquisição que não é mais do que juntar dois mundos, e combater grandes players mundiais que beneficiam de total ausência de regulação".

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