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Nos acusa Meo de ser “irrazoável" e" inflexível”

Em reposta ao anúncio da Meo de suspender a emissão do Porto Canal na sua plataforma, a Nos sublinha que fez “todos os esforços negociais”. E acusa a Meo de ser “irrazoável” e inflexível”.

Miguel Almeida é o 50.º Mais Poderoso 2015
Entrou para os 50 mais poderosos em 2014 ao assumir a liderança da Nos. A empresa que resultou da fusão entre a Zon e a Optimus criou expectativas de desafiar a liderança da PT. Os meses de fragilidade da PT reforçaram a expectativa de ver Miguel Almeida a assumir uma estratégia mais agressiva de conquista de mercado. Mas acabou por aproveitar menos do que se esperava. A entrada de novos poderosos força ainda mais a perda de poder relativo de Miguel Almeida.
10 de Fevereiro de 2016 às 14:29
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A guerra pelos conteúdos desportivos ganhou novos contornos, tendo a batalha sido alargada à área da distribuição dos canais de televisão que tem vindo a ser garantida pela Meo e pela Nos.

Depois da Meo ter anunciado esta quarta-feira que iria suspender a transmissão do Porto Canal na plataforma da Nos já a partir de amanhã, 11 de Fevereiro, a Nos apressou-se a responder à rival, sublinhando, em comunicado, que, ao contrário do que a Meo defendeu, "fez todos os esforços negociais" para resolver a situação.

Para a operadora liderada por Miguel Almeida, a decisão da Meo é "inédita". E acontece "apesar de todos os esforços negociais desenvolvidos pela Nos ao longo das últimas semanas para impedir a suspensão e garantir que os seus clientes continuavam a aceder ao Porto Canal".

No entanto, "a Meo revelou-se irrazoável e inflexível, não tendo nunca apresentado qualquer proposta específica para a distribuição deste canal", aponta a Nos.

A operadora liderada por Miguel Almeida vai mais longe, e afirma que "a postura negocial da Meo confirmou os piores receios da Nos e comprovou inequivocamente que a estratégia da Nos no mercado dos direitos e conteúdos desportivos foi indispensável e acertada para acautelar os interesses dos seus clientes".

A guerra entre as operadoras pelos conteúdos desportivos deu o pontapé de saída no final do ano passado, quando a Nos ganhou a corrida pelos direitos de transmissão dos jogos em casa do Benfica, bem como a transmissão da BTV, a partir de Julho deste ano. Além dos encarnados, a Nos comprou os direitos de TV dos jogos do Sporting e da Sporting TV, a partir de Julho de 2017,  e de outros clubes da primeira divisão.

Já a Meo, assinou acordo no final de 2015 com o FC Porto, ficando com os direitos de transmissão dos jogos em casa a partir de 2018, bem como do Porto Canal desde o início deste ano. A PT também está a negociar com outros clubes da primeira e da segunda divisão.

Quanto à recente decisão da Meo, de suspender a transmissão do Porto Canal, "a Nos lamenta esta decisão, da qual discorda em absoluto, e como operador líder do mercado da televisão paga em Portugal vai continuar a lutar para defender os interesses dos seus clientes e assegurar que estes têm a oferta mais competitiva e os melhores serviços e conteúdos", lê-se no mesmo comunicado.

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