A guerra pelos direitos de transmissão de futebol está ao rubro. E nos próximos tempos não deverá abrandar.

Durante a cerimónia de apresentação do acordo entre a Nos e o Benfica, Miguel Almeida adiantou que o desejo da operadora é alargar parcerias semelhantes a todos os clubes de futebol da primeira liga: "É nossa intenção estabelecer ou reforçar acordos similares com todos os restantes clubes de futebol", sublinhou esta quinta-feira, 10 de Dezembro, o CEO da Nos.

A guerra das operadoras pelos conteúdos exclusivos ganhou novos contornos no final de Novembro. Durante o debate entre os presidentes executivos das três operadoras, durante o congresso da APDC, o líder da Meo disse que queria ter "todos os conteúdos que sejam úteis e os melhores para os  nossos clientes", afirmou Paulo Neves.

Uma afirmação que não foi bem recebida pelos concorrentes: "Agiremos em conformidade quando virmos que temos um concorrente que pode ameaçar o equilíbrio existente", disse na altura Miguel Almeida.

Poucos dias depois, o DN noticiou que a Altice estaria a contactar vários clubes para adquirir os direitos de TV dos jogos. A Nos não quis ficar para trás nesta guerra e entrou na luta, tendo ganho os direitos do Benfica e a Sport TV (onde a Nos é accionista) a transmissão da Liga dos Campeões.

A Altice terá alterado a sua estratégia, estando focada nos clubes mais pequenos. A dona do Meo já terá chegado a um acordo de princípio com o Boavista e está em conversações avançadas com o Belenenses e o Vitória de Guimarães.

Benfica encaixa 36 milhões na próxima época

Durante a conferência de imprensa, Miguel Almeida confirmou também as recentes notícias sobre o pagamento ao clube da Luz ser progressivo, de forma ascendente, e que na primeira época seria de 36 milhões de euros, como Luís Marques Mendes tinha avançado no seu espaço de comentário na SIC.

O montante anual será dividido em duas parcelas: 75% para os direitos de transmissão dos jogos de futebol e 15% para a distribuição exclusiva da BTV.