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WhatsApp passa a ser totalmente gratuita
A empresa vai abandonar a cobrança de assinatura exigida a partir do segundo ano de uso e "testar" conteúdos comerciais dirigidos aos utilizadores.
A plataforma electrónica de mensagens WhatsApp vai prescindir da cobrança de uma taxa anual de subscrição pela utilização do serviço ao fim do primeiro ano de uso, uma medida que deverá ser suportada por ganhos com conteúdos comerciais dirigidos.
O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo fundador da empresa, Jan Koum, que espera que a medida possa levar a remover alguns dos obstáculos com que os utilizadores da aplicação se deparavam, nomeadamente os que não dispunham de cartão de crédito para pagamento.
O esquema de assinatura] "não funciona assim tão bem", reconheceu o responsável durante uma conferência em Munique, onde disse não querer que os utilizadores "pensem que, a partir de uma certa altura, a sua ligação com o mundo vai ser interrompida" pelo fim do período de gratuitidade.
Até agora, o uso da plataforma, sem encargos no primeiro ano, implicava depois o pagamento de 99 cêntimos de dólar (90 cêntimos de euro) para cada um dos anos seguintes. "Naturalmente, pode pensar-se que os nossos planos para manter a WhatsApp livre de encargos e o nosso anúncio de hoje quer dizer que estamos a introduzir anúncios de terceiros. A resposta é não", garantiu depois a empresa numa declaração ao site tecnológico Re/code, que avançou a notícia.
A companhia diz que, em alternativa, vão ser "testadas" formas de comunicação directas entre os utilizadores e "negócios e organizações", excluindo anúncios indesejados e "spam". A WhatsApp segue assim as pisadas de outra aplicação detida pelo Facebook, o Messenger, que já possibilita o contacto directo dos utilizadores com empresas de que são clientes e está a desenvolver um sistema de pagamentos.
A plataforma WhatsApp foi comprada em Outubro de 2014 pelo Facebook, num negócio de 22 mil milhões de dólares (20,17 mil milhões de euros à cotação actual).