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Netflix prepara-se para entrar no mercado indiano

O lento crescimento nos Estados Unidos aumentou a pressão sob o serviço de streaming para investir na internacionalização. Conquistar o mercado indiano é o próximo objectivo do Netflix, avançam fontes da empresa.

Bloomberg
05 de Janeiro de 2016 às 18:15
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O Netflix recusou comentar oficialmente os seus planos, mas os executivos da empresa ouvidos pela Reuters acreditam que o próximo passo será entrar no mercado indiano e que isso deverá ser anunciado já esta semana, na feira electrónica de Las Vegas, onde o CEO da Netflix, Reed Hastings, irá falar sobre a expansão internacional da empresa.

"O Netflix entrará na Índia no momento certo", considera o analista Tarun Pathak, analista da Counterpoint Technology Research, questionado pela agência sobre esta decisão estratégia.

A avançar, o grande desafio será convencer os clientes indianos a subscrever o serviço, consideram os analistas consultados pela Reuters, e combater o apelo por conteúdos pirateados muito baratos.

"Na Índia, a nossa maior preocupação não é o Netflix (…) é a cópia de 20 cêntimos de um filme que acabou de ser lançado", explicou Michael Smith, da start-up concorrente Hooq, apoiada pela Singapore Telecommunications, pela Time Warner e pela Sony.

Escreve a agência Reuters que a receita média por utilizador do Netflix no terceiro trimestre foi de 25,29 dólares nos Estados Unidos (cerca de 23,27 euros) e de 21,59 dólares (19,87 euros) no exterior. Na Índia, onde um filme pode custar 29 rupias (cerca de 40 cêntimos) e uma subscrição mensal cerca de 200 rupias (2,8 euros), a margem de receita será consideravelmente menor.

Na Índia, um quinto dos seus 1,3 mil milhões de habitantes têm acesso à internet, sendo que a maioria utiliza o smartphone para estar online, escreve a agência, acrescentando que um parceiro de telecomunicações poderia alavancar a entrada da Netflix neste mercado.

Para as empresas de telecomunicações, os serviços de streaming aumentam significativamente o consumo de dados, tornando-se uma fonte de rendimento mais lucrativa do que as simples chamadas telefónicas.

 

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