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Da garagem para Silicon Valley: Apple faz 40 anos

A história da Apple é o sonho de qualquer empresa de tecnologia do mundo. Fundada a 1 de Abril de 1976 por três amigos numa garagem em Los Altos, Califórnia, a Apple tornou-se na empresa mais valiosa do mundo.

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Tim Cook's Apple
01 de Abril de 2016 às 17:00
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Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne fundaram a Apple há precisamente 40 anos e, desde então, a maçã cresceu, vendeu computadores, telemóveis e relógios, ganhou milhões e até foi protagonista de filmes.

 

2066 Crist Drive, Los Altos, Califórnia: é esta a morada que está na génese da maior empresa do mundo. Foi na garagem de Steve Jobs que a Apple nasceu, a 1 de Abril de 1976.

Steve Jobs e Steve Wozniak são os históricos fundadores da marca, mas há um terceiro fundador que normalmente é esquecido, Ronald Wayne. O portal Macworld conta que Steve Jobs convenceu Wayne a ficar com 10% de participação na empresa para desempatar caso Jobs e Wozniak estivessem em desacordo. Ronald Wayne desistiu da ideia apenas 12 dias depois, vendendo a sua parte por apenas 500 dólares (439 euros). O Macworld diz que hoje em dia essa participação valeria cerca de 72 mil milhões de dólares (63,2 mil milhões de euros).

 

O primeiro aparelho da marca foi o Apple I. Steve Wozniak desenvolveu e construiu o computador, enquanto Steve Jobs teve a ideia de o vender. Este primeiro computador tinha um teclado como o de uma máquina de escrever e podia ligar-se a uma televisão. O Apple I custava 666 dólares (585 euros).

 

Em 1977, a dupla desenvolveu o Apple II, um produto mais comercial e semelhante aos de hoje em dia. Tinha um processador de 1MHz com 4KB de memória RAM. Hoje, os iPhones têm processadores 1.800 vezes mais rápidos e 500 vezes mais memória RAM.

 

Depois disso, a Apple nunca mais parou. Em 1983 chegou o Apple Lisa e em 1984 nasceu o primeiro computador Macintosh, que se vendia na altura por 2.495 dólares (2.186 euros). Em 1985, Wozniak abandona definitivamente a empresa e Jobs acompanha-o, voltando em 1997. No ano seguinte a Apple apresentou o computador que iria revolucionar a marca, o iMac, em 2001 foi a vez do iPod e em 2007 a Apple deu início à saga dos iPhones.

 

O nome "Apple" ainda está envolto em mistério. Especula-se que Jobs e Wozniak queriam que a sua empresa ficasse à frente da rival Atari na lista telefónica, diz-se que queriam distanciar-se da imagem fria e complicada das tecnológicas da altura ou até que serve de tributo à editora dos Beatles, a Apple Records. Numa das biografias sobre Steve Jobs, o próprio referiu que teve a ideia para o nome ao voltar de um campo de macieiras e lembrou-se que Apple (maçã, em português) era simplesmente um nome "divertido, espirituoso e nada intimidatório".

Outra das curiosidades sobre a Apple tem a ver com a sua imagem. Apesar de inicialmente o logotipo da marca ter sido um retrato de Isaac Newton sentado debaixo de uma macieira, rapidamente a Apple se tornou apenas numa maçã, num possível tributo a Alan Turing, um dos pais da computação. Sem reconhecimento pelo seu trabalho, acusado de indecência e obrigado a fazer tratamentos à base de estrogénio para, diziam os acusadores,"curar" a sua homossexualidade, Alan Turing mordeu uma maçã que tinha injectado com cianeto, suicidando-se assim em 1954, conta a CNN. Ainda assim, esta teoria não foi confirmada pela Apple nem pelos seus fundadores.

 

Aos 40 anos, a Apple é a empresa mais bem-sucedida do mundo. Na lista de 2015, a revista Forbes classifica a Apple como a marca mais valiosa do mundo, com um valor total de quase 130 mil milhões de euros. Também a Interbrand considerou a Apple como a marca com maior valor do mundo (pelo terceiro ano consecutivo) e, segundo a empresa de "branding" Prophet, a marca da maçã é a mais relevante para os consumidores a nível global.

 

O sucesso da empresa reflecte-se na atenção mediática. A Apple e o seu carismático fundador Steve Jobs, falecido em 2011, foram inspirações de vários filmes, como "Jobs" e "Steve Jobs", de 2013 e 2015, respectivamente.

 

No 40.º aniversário da marca, a Apple tenta evitar uma crise de meia-idade, escreve o jornal britânico The Guardian. A Apple continua a batalhar para se manter na linha da frente das tecnologias e, para isso, aposta agora em produtos como óculos de realidade virtual, no relógio "Apple Watch", na Apple TV e até há rumores que a marca pode estar a trabalhar em carros autónomos.

 

Em 2017, vai inaugurar as novas instalações em Cupertino, Califórnia, o Apple Campus II, um edifício redondo "neo-futurista" com capacidade para 12 mil funcionários que terá um total de 71 hectares.

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