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Apple reforça equipa de inteligência artificial para potenciar smartphones

Apesar de ter sido pioneira ao lançar o assistente virtual Siri, a Apple tem vindo a perder terreno no que toca ao desenvolvimento de ferramentas que fornecem ao utilizador informação de relevância com base na sua experiência de utilização. A marca da maçã está à procura de 86 novos especialistas em inteligência artificial.

Bloomberg
08 de Setembro de 2015 às 12:13
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A Apple está a investir na contratação de especialistas em inteligência artificial com o objectivo de desafiar a Google numa área que a gigante tecnológica tem dominado desde sempre, nomeadamente, no desenvolvimento de ferramentas para smartphones capazes de dar aos utilizadores aquilo que eles querem antes de terem de o pedir, noticiou a Reuters esta segunda-feira, 7 de Setembro.

Com o objectivo de relançar esta área, a empresa está actualmente à procura de, pelo menos, mais 86 funcionários especializados num ramo de inteligência artificial (AI) relacionado com a capacidade de fazer as máquinas aprender com base na utilização que é dada ao dispositivo em causa.

Isto permite, por exemplo, dar ao utilizador fã de futebol os resultados da sua equipa favorita, ou fazer alertas para que este saia para uma reunião com base nas informações de trânsito disponíveis. Quanto maior o universo de dados recolhidos sobre os hábitos de utilização do dispositivo do utilizador, maior a previsibilidade de funções que este pode querer.

Alguns analistas referidos pela Reuters apontam a estrita política de privacidade da Apple como um impedimento para uma rápida evolução nesta área. A empresa baseia a sua análise nos dados de cada utilizador de iPhone individualmente, em vez de remeter estes dados para um armazenamento virtual (cloud), onde podem ser analisados a par com as informações de outros milhões de utilizadores.

"Eles querem fazer um telefone que responda muito rápido mas sem conhecimento sobre o resto do mundo", explica Joseph Gonzales, fundador da Dato, uma start-up sobre inteligência artificial, acrescentando que "é mais difícil fazer isso".

Apesar da Apple ter sido pioneira no que toca à inteligência artificial em smartphones – com o lançamento do assistente virtual Siri, em 2011 – tem vindo a perder terreno para a concorrência, nomeadamente, para a Google e para a Microsoft.

Com os consumidores cada vez mais exigentes quanto às funções e customização deste tipo de dispositivos, e considerando que a venda do iPhone gerou quase dois terços das receitas da Apple no último trimestre, a marca da maçã não pode permitir que esta fragilidade se aprofunde, salientam os analistas referidos pela Reuters.

"O que parecia ser ficção científica há apenas quatro anos, agora tornou-se uma expectativa", diz Gary Morgenthaler, um dos investidores originais do programa Siri, antes de ser adquirido pela Apple, em 2010.

A estratégia da Apple ficará mais clara depois do evento de 9 de Setembro, em S. Francisco, onde se espera que esta revele a nova versão do iPhone, do iPad, da Apple TV e que apresente o novo sistema operativo mobile, o iOS9.

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