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Apple estuda planos para expandir negócio de anúncios

A Apple estará interessada em expandir a respetiva área de negócio de anúncios, num momento em que as novas regras de privacidade no iPhone se afiguram como um golpe ao negócio da concorrência - Facebook incluído.

A Apple, apesar de muito exposta ao mercado chinês, viu as receitas do primeiro trimestre subirem.
Thomas Peter/Reuters
22 de Abril de 2021 às 13:01
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A Apple estará a planear expandir a área de negócio ligada aos anúncios, avança o britânico Financial Times, esta quinta-feira. De acordo com o jornal, a receita que a dona do iPhone pondera seguir está ligada a um espaço publicitário na loja de aplicações App Store.

Citando duas fontes próximas do tema, o FT refere que a tecnológica norte-americana poderá acrescentar uma segunda área publicitária na loja, na parte de aplicações sugeridas aos utilizadores. A informação apurada indica que esta nova "slot" poderá chegar já no final do mês.

Através deste espaço, a Apple terá como objetivo a criação de uma fonte de receita adicional, já que os anunciantes poderão promover as suas aplicações em toda a rede. Atualmente, a Apple já vende anúncios de pesquisa na App Store; é possível pagar para que a primeira aplicação sugerida nos resultados de pesquisa seja outra app, mais visível para os utilizadores. Com estes planos, a tecnológica poderia promover aplicações em mais ocasiões - e não apenas nos resultados de pesquisa.

O CEO da Apple, Tim Cook, já mostrou que a empresa está interessada em ganhar espaço na área da publicidade mobile.

Expansão pode chegar num momento de mudança
O próximo sistema operativo móvel da Apple, o iOS 14.5, que será lançado na próxima semana, promete trazer sérias mudanças na área da privacidade e agitar o mercado da publicidade mobile. Será pedido aos utilizadores de iPhone ou iPad que dêem o seu consentimento para que as aplicações possam continuar a rastreá-los.

Desde que anunciou que pretende tornar mais transparente os dados que são recolhidos por aplicações e serviços, através de mudanças com o novo iOS, a Apple foi alvo de críticas por parte da concorrência - com destaque para o Facebook. Uma significativa parte do modelo de negócio da empresa de Mark Zuckerberg está ligado aos dados, para que sejam apresentados aos utilizadores anúncios personalizados.

Em janeiro, numa "earnings call", Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, acusava a Apple de estar a induzir os utilizadores em erro na área da privacidade. Na mesma ocasião, referiu que a Apple estava gradualmente a tornar-se numa "das maiores concorrentes" do Facebook. "A Apple pode dizer que está a fazer isto para ajudar as pessoas, mas estas movimentações claramente alinham com os seus interesses concorrenciais", afirmou Zuckerberg.

O mercado dos anúncios digitais, avaliado em 350 mil milhões de dólares, é dominado pelas tecnológicas Google e Facebook.
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