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Apple vai permitir compras fora da App Store

Tecnológica chegou a acordo com os programadores norte-americanos e promete aligeirar as regras da loja de aplicações, autorizando quem desenvolve apps a alertar os clientes para formas de pagamento fora do ecossistema da Apple.

A Apple lucrou 55 mil milhões em 2016, mas grande parte foi imputada a subsidiárias em offshores.
Lucas Jackson/Reuters
27 de Agosto de 2021 às 12:05
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Há mudanças a caminho da loja de aplicações da Apple, a App Store. Há anos que a empresa é alvo de críticas por parte dos programadores de aplicações, que se queixam das comissões que a tecnológica arrecada pelas transações que são feitas através desta loja. A Apple arrecada 30% das vendas de aplicações ou aplicações; só no ano passado é que foi anunciado um programa que reduzia esta comissão para 15%, mas apenas para quem tem receitas anuais abaixo de um milhão de dólares na plataforma.

No ano passado, a discussão subiu de tom, com a Epic Games como figura de proa nas críticas. O jogo da empresa, "Fortnite", chegou a ser retirado da loja da Apple por a empresa indicar aos clientes uma forma de contornar o sistema da Apple e pagar diretamente à empresa. Sem uma transação feita na plataforma da Apple, a empresa não conseguiria arrecadar uma comissão.

Mas é justamente essa uma das mudanças que a Apple tem em vista com a alteração que agora está em cima da mesa. "A Apple anuncia um número de mudanças que estão a caminho da App Store que, pendentes de aprovação do tribunal, vão resolver o processo de ação coletiva movido pelos programadores dos EUA", indica um comunicado da empresa, referindo-se ao processo movido por um grupo de programadores em 2019, ainda antes do episódio com a Epic Games. "Os termos do acordo vão ajudar a App Store a ser uma oportunidade de negócio ainda melhor para os programadores", defende na mesma nota.

Ao abrigo deste acordo, será possível que "os programadores partilhem com os utilizadores opções de compra fora da sua aplicação iOS". Segundo a empresa, o corte de 15% na comissão manter-se-á também com este acordo; já os responsáveis por apps que ganhem mais de um milhão através da plataforma continuarão com a comissão de 30%. A Apple anuncia também a "expansão dos preços que os programadores podem oferecer nas suas subscrições, compras nas aplicações e nas apps pagas". Por fim, a empresa avança a constituição de um "fundo para auxiliar os programadores dos EUA".

Serão elegíveis para este fundo os programadores que tenham registado vendas abaixo de mil milhões de dólares por ano entre junho de 2015 e abril deste ano. Segundo o Wall Street Journal, que cita os queixosos nesta ação, as empresas poderão receber apoios entre "250 a 30 mil dólares".

A Apple e a Google são donas das principais lojas de aplicações utilizadas pelos utilizadores para descarregar apps. Também a Google já foi criticada pelas comissões na sua loja Play Store, anunciando este ano uma redução semelhante à da Apple. Os programadores de apps que faturem menos de um milhão de dólares anualmente pagam 15% de comissão pelas vendas desde o passado mês de julho.
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