A Seedrs, uma plataforma de "equity crowfunding" luso-britânica, captou 1,5 milhões de libras - mais de 1,8 milhões de euros - junto de 1.800 investidores no mês de Março em investimento para 18 start-ups. Este valor é um dos mais elevados, em termos mensais, captados por esta plataforma que nasceu em 2012.   

“Neste período, 18 novas empresas, de vários países, obtiveram financiamento junto de mais de 1800 investidores europeus, ultrapassando, em alguns casos, os objectivos de investimento solicitado”, revela o comunicado enviado às redacções.

Esta plataforma, que é regulada pela “Financial Conduct Authority” - o regulador do mercado financeiro no Reino Unido, permite às start-ups captarem investimento dando aos investidores a possibilidade de terem acesso à estrutura accionista da empresa.

“A Seedrs assina com a empresa participada, em representação dos investidores, um contrato de investimento e é responsável pelo trabalho administrativo relacionado com as acções obtidas. Esta estrutura é crítica para a protecção dos investidores e da própria start-up”, esclarece ainda o comunicado.

No final de Março, Carlos Silva (na foto), presidente da Seedrs, em entrevista ao Negócios apontava que a ideia de lançar esta plataforma surgiu em 2009 quando estava a terminar o MBA na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

“O problema clássico da maioria dos empreendedores na fase inicial é como levantar dinheiro, quando o que se tem é pouco mais do que uma ideia", afirmou, na altura, o responsável. Foi a busca por uma resposta a esta questão que levou Carlos Silva a construir uma plataforma com base no modelo de financiamento colectivo, o "crowdfunding". Em Julho de 2012 germinava em Londres a Seedrs, um ponto de encontro entre start-ups à procura de capital e investidores em busca do próximo WhatsApp ou Facebook.

No final de Março, a empresa já tinha ajudado 66 empresas a conseguirem capital e tinha 34 mil investidores registados. O ano passado venceu o prémio de melhor start-up na London Web Summit, com o júri a salientar a esperança de que o novo modelo possa representar uma revolução no financiamento dos empreendedores. Na Seedrs, bastam dez libras para ser accionista de uma start-ups.