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CoolFarm quer pôr no mercado este ano o sistema de controlo de plantas

A start-up portuguesa que tem sistema de controlo inteligente de crescimento de plantas para estufas ou armazém verticais prepara-se para chegar o mercado ainda este ano.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Abril de 2016 às 11:00
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Em quase dois anos muito mudou. Em Portugal, houve uma troca de Presidente e de primeiro-ministro, o Banco de Portugal determinou a resolução do BES e do Banif, e a Portugal Telecom foi dividida em duas: a PT Portugal foi vendida aos franceses da Altice e a PT SGPS transformou-se em Pharol.

Na CoolFarm, uma start-up que tem uma ferramenta para o crescimento de plantas e cuja solução tem o mesmo nome, a passagem do tempo também trouxe mudanças.


Em Julho de 2014, a CoolFarm estava a desenvolver um sistema automático - para as pessoas terem em casa - para fazer crescer plantas. Tinham um protótipo e estavam a finalizar o programa de aceleração, o Lisbon Challenge. Este programa foi o responsável pela mudança do modelo de negócio – ao início, a aposta incidia sobre a utilização deste sistema por parte das famílias, sendo que no final do programa tinham já determinado a aposta nas estufas hidropónicas.

Em Abril de 2016 - a solução que surgiu entre amigos que ambicionavam encontrar uma solução eficiente, que pudesse ser usada e que fosse economicamente viável para produzir vegetais de alta qualidade – é um "sistema de controlo inteligente, intuitivo, integrado e flexível, feito para qualquer tipologia de estufa ou armazém vertical", como explica João Igor (na foto à esquerda) co-fundador e responsável pelo design e pela comunicação da empresa.

Actualmente, esta solução está apenas focada em estufas industriais e urbanas comerciais. E o objectivo é "entrar na fase de vendas" este ano. O sistema tem "software baseado em inteligência artificial e ‘machine learning’ [algoritmos que permitem a um computador aprenderem a desempenhar uma tarefa] que controla de forma inteligente as condições da água, do ar e da luz dentro de uma estufa, proporcionando às plantas o que elas precisam e apenas quando precisam, optimizando assim recursos naturais, mecânicos e humanos".

O software pode controlar a evolução da planta com a ajuda do CoolFarm Eye. Trata-se de um sensor óptico, criado pela start-up, "que vê literalmente a saúde da planta, permitindo assim que o CoolFarm aprenda a fazer crescer as plantas da melhor forma possível".

Estando já em fase de testes em quatro estruturas – incluindo uma fora de Portugal – a ideia subjacente a esta solução não passa por "automatizar as estufas de forma completa mas permitir ao agricultor que tome as decisões correctas, minimizando erros, dando-lhe o factor precisão e mais rentabilidade, através da poupança de recursos naturais, mecânicos e humanos".


Esta plataforma está acessível através da nuvem (cloud) o que dá a oportunidade ao agricultor controlar a estufa independentemente do local em que esteja. "O CoolFarm é o único software de controlo que permite a integração e análise de todos os dados da estufa e das plantas numa só interface onde todos os elementos de design foram pensados ao pormenor para serem facilmente compreendidos e fáceis de usar pelo agricultor", garante João Igor.

Actualmente, com uma equipa de oito pessoas - e com a perspectiva de contratar mais duas até ao final do ano - esta start-up já obteve um milhão de euros em investimento privado e financiamento através de fundos comunitários. 

A empresa não quer apenas ficar pelas estufas e armazéns. Por isso, no futuro quer "entrar em novos mercados" como: a produção de microalgas para o fabrico de biocombustíveis e a aquacultura.

 

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