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Governo autoriza passagem do hospital de Loures para americanos da UnitedHealth

É um passo que tem de ser dado pelas empresas que querem ficar com a ES Saúde. E o Ministério da Saúde já confirmou que a autorização foi dada, como tinha acontecido com a Fidelidade. Se nada mudar, a escolha entre chineses e americanos para controlar a empresa tem de ser tomada até sexta-feira.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Outubro de 2014 às 17:52
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A norte-americana UnitedHealth já tem autorização do Governo para controlar o hospital de Loures, a única unidade da Espírito Santo Saúde que funciona sob parceria público-privada e que, por isso, necessita de autorização estatal para mudar de mãos.

 

"A autorização foi assinada hoje", confirmou ao Negócios fonte oficial do Ministério da Saúde que, juntamente com o Ministério das Finanças, tem de escrever um parecer a permitir a alteração de controlo da sociedade que gere o hospital de Loures e também da sociedade que gere o edifício em que funciona.

 

O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, funciona em regime de parceria público-privada. E todas as empresas que lançaram uma OPA tiveram de pedir esta autorização ao Governo porque só assim o hospital trocará de mãos. Todas essas sociedades o fizeram (Ángeles, José de Mello Saúde e Fidelidade).

 

Mesmo a UnitedHealth, que nunca lançou uma OPA, fez o pedido. Aliás, fê-lo e não há muito tempo: a 30 de Setembro. Sem que, até hoje, tivesse recebido uma resposta positiva: "Já entrou no Ministério da Saúde o pedido da Amil. Vinha, contudo, sem a documentação necessária para se proceder (Finanças mais Saúde) à análise e despacho. Foi solicitada a documentação em falta".

 

A 7 de Outubro, essa documentação em falta chegou. E a 8 houve uma decisão final. A Amil já controla um hospital que funciona sob a forma de PPP - o de Cascais. E agora, se houver um sim à sua oferta privada, passará a ter o Hospital Beatriz Ângelo.

 

A empresa norte-americana continua a fazer movimentações para ficar com a ES Saúde. A UnitedHealth ofereceu 5 euros por acção à Rio Forte, Novo Banco e Espírito Santo Financial Group, sociedades que têm participação na Espírito Santo Health Care Investments, dona da Espírito Santo Saúde, numa oferta privada, fora do mercado regulamentado. Mais do que os 4,82 euros que a Fidelidade oferece na OPA a decorrer até sexta-feira, 10 de Outubro.

 

A UnitedHealth, no comunicado que emitiu ontem sobre o tema, indicou ter apresentado este pedido de autorização ao Ministério da Saúde para o despacho conjunto mas garantiu que a oferta "não está concidcionada à recepção deste consentimento". Condicionada ou não, o sim já chegou à dona da Amil, que detém os hospitais Lusíadas.

 

Até sexta-feira, 10 de Outubro, a Rio Forte, sociedade que pediu uma espécie de protecção de credores do Luxemburgo, terá de decidir-se sobre que oferta irá aceitar: os 4,82 euros da Fidelidade, controlada pelos chineses da Fosun, oferecidos numa OPA; os 5 euros da UnitedHealth prometidos num negócio privado.

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