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Fidelidade diz que oferta da UnitedHealth à ES Saúde é "ilegal"
A oferta de compra da Espírito Santo Saúde anunciada pelos norte-americanos da UnitedHealth é considerada "manifestamente ilegal" pela Fidelidade, que tem uma OPA a decorrer sobre a empresa. A Fidelidade aguarda que a CMVM se pronuncie.
"A United Health publicou um 'anúncio' de uma oferta de compra sobre a totalidade do capital da ESS que se considera manifestamente ilegal", afirma a Fidelidade em comunicado.
Poucas horas após os norte-americanos da UnitedHealth terem feito uma proposta de compra da ESS, a Fidelidade reagiu afirmando que "esta oferta só poderia ter sido feito no âmbito da OPA da Fidelidade e seguindo as regras das ofertas concorrentes, designadamente se o respectivo registo na CMVM tivesse sido obtido até ao passado dia 3 de Outubro".
"Para além disto o referido 'anúncio' será enganador na medida em que a eficácia da oferta estará sempre condicionada ao consentimento prévio do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde, ao contrário do que é afirmado", refere ainda a seguradora para quem o "mero anúncio de uma intenção de lançar uma oferta constituiu só por si uma violação grave do Código dos Valores Mobiliários".
A Fidelidade afirma que aguarda "serenamente o pronunciamento urgente e clarificador por parte da CMVM".
A companhia de seguros Fidelidade, detida pelos chineses da Fosun, liderada por Guo Guangchang (na foto) têm uma OPA sobre a ESS a decorrer até sexta-feira, ao preço de 4,82 euros por acção.
Esta terça-feira, a UnitedHealth fez uma proposta directamente à Rioforte, que representa a maioria do capital da ESS, em que oferece 5 euros por acção.
Se a oferta for aceite, tem de haver uma OPA obrigatória à dona do Hospital da Luz, o que significará o fracasso da oferta que a Fidelidade
(Notícia actualizada às 22h34)