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Regulador resolve disputa entre Comcast e Fox. Sky vai a leilão
Depois de quase dois anos a lutarem pela empresa de media britânica Sky, e sem chegarem a qualquer conclusão, o regulador britânico decidiu que esta disputa vai ser resolvida num leilão. Ou seja, quem der mais pela empresa será o vencedor.
Há quase dois anos que a Comcast e a Fox disputam a compra da Sky. Mas esta "corrida" está prestes a chegar ao fim. O regulador britânico anunciou que o vencedor será determinado através de um leilão que começa esta sexta-feira e termina no sábado. Ou seja, quem der mais pela empresa passará a deter a Sky.
Num comunicado publicado esta quinta-feira, e citado pelo USA Today, o regulador britânico afirmou que o leilão, assumindo que "ainda existe uma competição", vai começar às 17:00 (hora de Lisboa) de sexta-feira e terminar no sábado à noite, quando também deverá ser anunciada a oferta vencedora.
Depois de várias discussões com as duas empresas que estão a lutar pela Sky, e notando que nem a Comcast nem a Fox apresentavam uma oferta final, o regulador britânico disse que a decisão seria tomada num leilão por "oferecer um enquadramento ordeiro para a resolução da competição".
A utilização de leilões para resolver grandes negócios é rara. O leilão deste fim-de-semana, para determinar quem fica com a Sky (cujo valor de mercado está em 35 mil milhões de dólares), será a maior operação de venda de uma empresa britânica através de um leilão desde que o regulador britânico foi criado, em 1968.
A oferta da operadora de cabo norte-americana Comcast é a que mais se aproxima do valor de mercado da Sky: foi em Julho que disse estar disposta a pagar 34 mil milhões de dólares (cerca de 29 mil milhões de euros) pela empresa. Isto depois de a Fox ter afirmado estar disponível para pagar 32 mil milhões.
A Comcast tem disputado com a Walt Disney o controlo da 21st Century Fox, o portefólio de entretenimento da Fox, do qual a Sky é apenas uma pequena parte. Se a operação for concluída com sucesso, a Fox passará a ter o controlo total da Sky, em vez da actual participação de 39%.