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JPMorgan quer saber a que informações é que os jornalistas da Bloomberg acederam

A pressão sobre a agência de informação financeira aumenta no seio do escândalo de acesso a informação privada por parte de jornalistas.

13 - Michael Bloomberg, EUA, 27 mil milhões de dólares
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O banco norte-americano JPMorgan pretende saber que informação privada dos seus funcionários foi vista por jornalistas da Bloomberg. Este é mais um passo dado em sequência da falha de segurança que permitia aos repórteres da agência de informação ter acesso a algumas movimentações de clientes dos seus terminais.

 

“O nosso departamento jurídico enviou um pedido formal à Bloomberg para verificar, com exactidão, a que informação os seus jornalistas tiveram acesso e quais os controlos que vão impedir futuras falhas”, solicita o JPMorgan, segundo cita o “Financial Times”.

 

O banco está a considerar, neste momento, se avança, ou não, para um processo judicial. Isto depois do caso que deu conta de que os terminais da Bloomberg permitiam aos jornalistas da agência de informação visualizarem que passos eram dados pelos clientes nos seus próprios terminais. Os terminais da Bloomberg possibilitam a leitura de notícias, a observação da evolução dos mercados em tempo real e a realização de conversas entre vários intervenientes dos mercados.

 

Como já tinha sido noticiado pelo “The Guardian” no início da semana, o banco norte-americano teme ter sido alvo desta falha de segurança que existia na empresa, nomeadamente no que diz respeito à cobertura noticiosa que a Bloomberg fez do caso da “baleia de Londres”, nome dado a Bruno Iksil, operador que causou prejuízos ao banco norte-americano.

 

O escândalo tornou-se público no fim-de-semana, quando o “New York Post” noticiou que o Goldman Sachs estava preocupado com o facto de os jornalistas da Bloomberg terem usado os terminais da agência para “espiar”.

 

O JPMorgan é o primeiro interveniente que segue com um pedido formal que é tornado público, embora várias entidades tenham já expressado a sua preocupação para com este escândalo, com destaque para o Tesouro norte-americano e a Reserva Federal dos EUA. Neste momento, o Goldman Sachs está disponível para esperar até que a agência tenha dados para lhe dar sobre o tema.

 

Como considera o "Financial Times", este é mais um passo na escalada de pressão sobre a Bloomberg – que, nos seus negócios, agrega a agência de informação e os terminais de mercados financeiros. A companhia detida pelo presidente da câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, não quis comentar a notícia da publicação concorrente.

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