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Futuro da TDT: “Há espectro disponível, não há é dinheiro”
Fátima Barros, presidente da Anacom, diz que é possível haver uma nova bolsa de canais, mas que não houve manifestações de interesse para investir.
A Autoridade Nacional de Comunicações tem estado a trabalhar num memorando para apresentar ao Governo sobre as alternativas que existem e os custos para o futuro da Televisão Digital Terrestre (TDT), disse esta quinta-feira no Parlamento a presidente do regulador, Fátima Barros.
No entanto, alertou que "o número de canais e a capacidade para oferecer canais em HD depende da capacidade de investimento, da capacidade de suportar custos que são inerentes ao alargamento da TDT".
"Há espectro disponível, não há é dinheiro", afirmou Fátima Barro na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, lembrando que para um novo MUX [bolsa de canais] é preciso investimento, o mesmo acontecendo se se pretender investir numa tecnologia que permita ao MUX A (o que existe) ter mais canais, o que obrigava a mudar receptores"
"Infelizmente não houve manifestações de interesse para o investimento no MUX B", disse a responsável.
Fátima Barros realçou que há várias alternativas, que serão propostas ao Governo, mas "as soluções vão implicar custos, que podem ir desde a reorientação das antenas até alteração dos aparelhos".
A presidente da Anacom recordou ainda que o direito de utilização de frequências da Meo vai terminar prazo em 2023 e, ainda que não possa haver renovação, disse, "não há certeza do interesse do operador em continuar a ser o operador da TDT".