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Têxtil aponta à regeneração com literacia financeira e “booklets” digitais

Com as exportações a caírem 15% devido à pandemia, os industriais do setor lançam um programa de 678 mil euros, a executar até fevereiro de 2022, para acelerar a digitalização, subir na cadeia de valor e aceder a financiamento.

Mário Jorge Machado, líder da Estamparia Adalberto, ascendeu à liderança da ATP em agosto de 2019. Amândia Queirós
06 de Outubro de 2020 às 17:39
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Chama-se "Regenerar o Setor: Ganhar o Futuro", representa um investimento de 678 mil euros – financiado em 85% por fundos comunitários – e é o mais recente projeto lançado pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) para "capacitar o tecido empresarial" para responder às tendências que vão definir esta indústria nos próximos anos ao nível da inovação. 

 

Com um prazo de execução até fevereiro de 2022, este projeto lançado pela associação empresarial liderada por Mário Jorge Machado desde agosto de 2019 surge "num contexto de incerteza gerado pela crise pandémica, que determinará adaptações através da tecnologia, criatividade, digitalização e sustentabilidade", pretendendo também "projetar a imagem de uma indústria moderna e sofisticada".

 

Nos primeiros sete meses deste ano, o setor perdeu 15,2% das exportações - as importações baixaram ainda mais, 17% - face ao mesmo período do ano passado, somando vendas de 2.702 milhões de euros. Estes resultados foram pressionados sobretudo pelos mercados de Espanha (-29%) e Itália (-14%), enquanto, por outro lado, os clientes franceses tiveram o maior acréscimo em termos absolutos: mais 20 milhões de euros transacionados e uma progressão de 5%.

 

A redução entre janeiro e julho foi transversal a quase todas as categorias desta indústria, à exceção de duas que estão a ganhar peso neste contexto pandémico. É o caso das máscaras têxteis, que renderam um aumento de 11 milhões de euros no grupo de produtos em que estão inseridas; e também do vestuário profissional de proteção, por exemplo, na área médica, que teve um acréscimo de quase cinco milhões de euros no mês em análise.

 

2.702Exportações
O ritmo de quebra nas vendas ao exterior abrandou em julho (-8%), naquele que foi o sexto mês consecutivo de perdas para o setor, que já exportou 2.702 milhões de euros em 2020. 



É nesta fase que surge o programa da ATP, divulgado numa nota às redações, que visa o estímulo à integração das empresas na economia digital; a sensibilização dos empresários e gestores das PME para a intensificação de atividades inovadoras e qualificadas para a progressão na cadeia de valor; a disponibilização de informação e ferramentas de apoio à gestão operacional e estratégica; ou o reforço do acesso a financiamento e ao mercado de capitais, por via da partilha e interação com "stakeholders".

 

Na lista de ações "estruturadas e integradas" que dão corpo a este programa "Regenerar o Setor: Ganhar o Futuro" fazem parte um programa de literacia financeira e de gestão para os industriais do setor, a realização de um estudo de visão prospetiva e estratégias até 2030, simpósios sobre os modelos de negócio em mudança e os cenários pós-covid, e ainda o lançamento de várias ações digitais de sensibilização, "booklets" digitais e vídeos com animação gráfica.
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