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Recorde de patentes mostra que Portugal "muda para além daquilo que são as percepções normais"

Portugal apresentou um número recorde de pedidos de patentes na Organização Europeia de Patentes em 2024 e a expectativa é de um novo recorde para este ano. Sandro Mendonça, do Observatório de Patentes e Tecnologia, defende que estes indicadores mostram um país que se inova de ano para ano.

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No ano passado, Portugal apresentou um recorde de 347 pedidos de patentes na Organização Europeia de Patentes (OEP), um aumento de 4,8% face a 2023 (331), revela o Patent Index 2024. O maior número de patentes pertence às áreas da informática, da tecnologia médica e dos produtos farmacêuticos. Sandro Mendonça, responsável do Observatório de Patentes e Tecnologia, considera que este número pode alterar certas perceções.

"Este é um fenómeno importante para percebermos como é que Portugal muda, como é que muitas vezes Portugal muda para além daquilo que são as perceções normais que a própria população portuguesa tem das suas forças de produção", afirma em entrevista ao Negócios no canal NOW.

"O que nós vemos é, mais uma vez, um crescimento grande, acima da média da União Europeia (UE), que até declinou um pouco neste indicador, que é um indicador de potência tecnológica para o futuro, mas também Portugal sobe acima daquilo que é o ritmo da Europa como um todo e estamos a falar de quase 40 países com que nós, na Organização Europeia de Patentes, comparamos o desempenho não só dos vários países, mas também das várias tecnologias", sublinha.

Para o responsável do Observatório de Patentes e Tecnologia, estes indicadores são muito úteis para perceber o perfil da economia portuguesa. "No top 10 das entidades que mais vão a jogo nestas patentes, que são títulos de propriedade que permitem estar no campeonato do valor acrescentado global, vemos que mais de metade são do norte do país, mas vemos também que cinco em dez são entidades do setor científico e tecnológico com base pública, universidades. A primeira é a Universidade do Porto", refere.

Através destes indicadores, acrescenta Sandro Mendonça, "vemos que novas ideias estão a aparecer, essas ideias estão viradas para o mercado, porque as patentes indicam isso mesmo, um potencial técnico de aplicação produtiva para o futuro".

O responsável acredita ainda que depois de 2024, poderá haver um novo recorde de pedido de patentes europeias em 2025. "A olhar para aquilo que é o desempenho continuado, duradouro da economia portuguesa, todas as expectativas são positivas, porque em dez anos Portugal mais do que duplicou este desempenho técnico. Um desempenho, note-se, que é apenas potencial que pode ser realizado depois naquilo que são as compras e as vendas, que são as exportações", afirma.

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