O CEO da Bosch Portugal, Javier González Pareja, foi entrevistado por Marta Dhanis e Miguel Frasquilho.
"Na atual transformação da economia e da tecnologia em que vivemos, não é suficiente pegar num processo e melhorar, melhorar até ao infinito. É preciso pensar fora da caixa ou mesmo pensar sem caixa, o que a Bosch encontrou em Portugal", considerou Javier González Pareja, CEO da Bosch Portugal, durante o programa do Negócios "Economia Sem Fronteiras", no canal Now. "Já temos centenas de patentes inventadas em Portugal, que têm de integrar o de-senvolvimento e a produção na rede de produção global", sublinhou o gestor.
Um dos aspetos mais importantes neste processo tem sido as parcerias com as universidades portuguesas na área técnica, como a Universidade do Porto, do Minho, de Aveiro ou o Instituto Superior Técnico, que "são universidades top na Europa e fora da Europa, onde conseguimos encontrar mais talento", disse Javier González Pareja.
Nestas parcerias, em que incluiu também o Estado, estão, por exemplo, projetos como o Safe Cities, desenvolvido pela Divisão de Sistemas de Segurança em Ovar, em parceria com a Universidade do Porto, para fazer, pela monitorização e o aproveitamento da internet das coisas, cidades mais seguras. Neste projeto, trabalham mais de 110 pessoas, 80 das quais são das universidades, e as restantes da Bosch.
240 fábricas no mundo
Se a estratégia de uma empresa é encontrar onde os custos de produção mais baixos, vai achar sempre alguém mais barato. "Os países da Europa com custos de produção mais baratos são a Moldávia e a Albânia, onde não temos investimentos", disse Javier González Pareja.