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Martifer multiplica lucros por 13 no primeiro semestre
O grupo Martifer fechou os primeiros seis meses deste ano com um resultado líquido de 5,4 milhões de euros, contra apenas 400 mil euros no mesmo período do ano passado, enquanto os proveitos operacionais aumentaram 11,5 milhões para 115,6 milhões.
Depois de ter fechado a primeira metade do ano passado com uns escassos lucros de 400 mil euros, tendo encerrado o exercício de 2018 com um resultado líquido de apenas 1,3 milhões, a Martifer gerou um resultado positivo de 5,4 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.
No comunicado enviado à CMVM, esta quinta-feira, 29 de agosto, o grupo de Oliveira de Frades não avança com explicações para esta performance, mas é de crer que o resultado obtido terá sido impulsionado pelos ganhos registados com a venda, em março passado, de dois parques eólicos à Finerge, por 23 milhões de euros, sendo que as sociedades vendedoras eram detidas em 50% pela Martifer.
Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou, em termos homólogos, de 5,8 milhões para 8,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, com uma margem de 7,3% (contra 6% um ano antes).
O grupo destaca o aumento dos proveitos operacionais neste período, em 11,5 milhões de euros, para 115,6 milhões, dos quais 69,5 milhões na construção metálica, 40,8 milhões na indústria naval e 6,2 milhões nas energias renováveis.
O volume de negócios gerado fora de Portugal e as exportações representam "mais de 70%" da faturação total do grupo.
Já a carteira de encomendas na construção metálica e indústria naval atinge os 324 milhões de euros - mais 27 milhões do que há um ano -, destacando-se os navios que a sua participada West Sea tem em construção, nos estaleiros de Viana do Castelo, para o grupo do empresário Mário Ferreira.
O investimento realizado pela Martifer entre janeiro e junho deste ano, ainda segundo a Martifer, totalizou um milhão de euros, dos quais 700 mil euros foram aplicados no segmento das energias renováveis.
O grupo continua, entretanto, apostado em reduzir a dívida líquida, que baixou 3,4 milhões nos últimos seis meses para 182 milhões de euros, valor que cai para "169 milhões de euros, excluindo leasings financeiros que, em virtude da adoção da IFRS 16, em 2019, passaram a integrar a rubrica de passivos de locações", justifica a Martifer.