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Lucros da Portucel recuam para 181,5 milhões em 2014

O grupo atingiu um máximo histórico de vendas de papel. A melhoria dos custos com produtos químicos e logística não foi, contudo, suficiente para compensar o agravamento dos encargos com pessoal e com matéria-prima.

10 de Fevereiro de 2015 às 17:01
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A Portucel obteve no ano passado um resultado líquido de 181,5 milhões de euros, o que representa um recuo de 13,6% face aos 210 milhões registados em 2013.

 

De acordo com o grupo, as vendas totais aumentaram 0,8% para 1. 542,3 milhões de euros no ano passado, apesar da descida dos preços de referência de pasta e papel.

 

O EBITDA desceu 6,3% para 328,4 milhões de euros, com a redução nos preços de venda de pasta e de papel. Já os resultados operacionais recuaram 6,6% para 218,3 milhões.

 

O grupo aumentou os investimentos no ano passado para 50,3 milhões de euros, ao mesmo tempo que diminuiu a sua dívida líquida remunerada para 273,6 milhões de euros. O rácio de dívida liquida/EBITDA da produtora de pasta e papel é de 0,8.

 

No quarto trimestre, os resultados líquidos desceram para 48,36 milhões de euros, em linha com as estimativas dos analistas consultados pela Reuters, que apontavam para lucros de 47,4 milhões de euros. As vendas ficaram em 404,3 milhões de euros, também ligeiramente acima dos 399 milhões de euros antecipados pelos analistas.

 

No conjunto do ano passado, a Portucel destaca ter atingido um máximo histórico de vendas de papel com 1.564 milhões de toneladas, registando um aumento de 3% e atingindo o melhor ano de produção de sempre.

 

A empresa destaca a evolução favorável de alguns custos no ano passado, em particular dos produtos químicos e da logística. O grupo registou ainda uma redução significativa no preço de compra da electricidade, em resultado das novas negociações de compra, efectuadas em melhores condições tendo em consideração a evolução do mercado.

 

No entanto, afirma, "estas melhorias não foram, no entanto, suficientes para compensar o agravamento de alguns factores de produção, nomeadamente os custos com pessoal e os custos da madeira, apesar da evolução favorável verificada no custo da matéria-prima no mercado nacional na segunda metade de 2014 e que se deverá prolongar em 2015".

 

Como explica, o aumento nos custos com pessoal deveu-se essencialmente ao reforço previsto na contribuição inicial de um dos planos de pensões de contribuição definida do Grupo.  

 

No comunicado, a Portucel explica que após um ciclo de elevados investimentos efectuados entre 2005 e 2009 e de ter consolidado a sua posição de líder no mercado europeu de papel não revestido, pretende agora entrar em novos negócios, como seja a diversificação para o segmento "tissue", através de crescimento orgânico e de aquisições.

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